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Lembrando duas solenidades

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Jahyr Navarro
Médico

Fui agraciado neste mês em duas ocasiões distintas quando tive a oportunidade de rever colegas e amigos de longas datas o que constitui uma alegria para mim.  Uma, foi na posse do profº dr. Daladier da Cunha Lima na Academia Norte Riograndense de Letras, e a outra no hotel Vila do Mar, no elogio ao profº dr. Getulio de Oliveira Sales, já falecido. Em ambas, fui plenamente feliz por ter sido colega do profº dr. Daladier, que também foi o orador da nossa turma e do dr. Getulio Sales, nosso professor e paraninfo.

Conheci o profº dr. Daladier na faculdade de medicina quando fomos colegas de turma. Ele, sempre prudente nas atitudes, discreto no falar e já possuía – naquele tempo – o andar de reitor, a habilidade de um bom advogado e o tirocínio criterioso no atendimento aos doentes necessitados. Participou ativamente da política estudantil de forte radicalismo, saindo sem inimizades e sem cultivar rancores.

Na sua trajetória vitoriosa onde títulos se acumulam, seu ponto alto – para mim – foi sua posse na Academia de Letras, onde se encontra a nata da nossa cultura bem representada pelos intelectuais das diversas camadas da sociedade. Esta Casa que responde aos anseios culturais da sociedade é o Templo de quem – como ele – sempre buscou na cultura seu prazer maior. O ninho onde finalmente ele deve se aquietar.

A solenidade foi presidida pelo irmão, o poeta e intelectual profº dr. Diógenes da Cunha Lima, com seu habitual e inigualável traquejo no exercício da presidência. Uma noite festiva, muito concorrida com intelectuais, expoentes da sociedade e com a presença maciça dos membros da Academia de Medicina, da qual o profº dr. Daladier faz parte.

Nos discursos de ambos, notava-se o carinho existente entre eles ao recordarem cenas da infância vivenciadas na cidade de Nova Cruz, onde nasceram. A nossa sensibilidade foi avivada quando da lembrança de seus pais, que se vivos estivessem, estariam maravilhados contemplando seus dois filhos situados na cumeeira da nossa cultura. Foi uma noite maravilhosa.

Dias depois, foi realizado no hotel Vila do Mar o elogio ao profº dr. Getulio Sales, proferido pela profª dra. Selma Jerônimo, membro da Academia de Medicina, que num brilhante e elucidativo discurso, discorreu sobre a figura ímpar do nosso paraninfo.

A solenidade foi presidida pelo profº dr. Maciel Matias, cuja elegância na presidência da Academia, é por todos conhecida. Depois do discurso do profº dr. Adílson Gurgel de Castro, genro do professor, foi mostrado depoimentos filmados do dr. Luíz Antônio Porpino – nosso marechal Porpa –, também genro, de colegas, assistentes e amigos que privaram da intimidade do homenageado. O que caracteriza todas essas lembranças é que elas conseguem nos tornar nostálgicos em tudo que participamos.

Parabéns aos membros da Academia de Medicina que se fizeram presente, com especial destaque ao presidente profº dr. Maciel Matias, seu super secretário, dr. Marcos Amaral e da eterna secretária senhora Lucineide Silva, incansável na dedicação do trabalho que exerce.

Descabe fazer comparações entre as duas solenidades, ambas foram perfeitas. Embora sabendo que tudo que é perfeito pede releitura à vista de algo desapercebido, nada foi encontrado que pudesse macular o brilhantismo das solenidades.

Assim como o vaso dá forma ao vazio, essas lembranças ficarão nos átrios e ventrículos do meu coração, onde serão nutridas com o mesmo carinho das demais que ali se encontram.

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