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Lembrando Jorge Fernandes

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Vivo fosse o poeta Jorge Fernandes estaria completando hoje 130 anos. Natalense, nasceu em 1887 na rua Santo Antônio e faleceu, cinco dias antes de completar 66 anos, em 17 de julho de 1953. Morava na rua Vigário Bartolomeu, quase na esquina com a Coronel Cascudo e coisa de cem metros do Café Magestic, que era de sua propriedade e que foi ponto de encontro de poetas e escritores. Era a famosa Diocésia que chegou a ser visitada por Manuel Bandeira e Mário de Andrade. Ficava na Rua Ulisses Caldas olhando para o Royal Cinema.  Jorge foi um dos pioneiros do Movimento Modernista no Rio Grande do Norte. Poeta, contista, autor teatral, cronista. Ainda teve tempo para ser comerciante e funcionário público.

“Que linda manhã parnasiana… / Que vontade de escrever versos metrificados / Contadinho nos dedos… / Chamar de reserva todas as rimas / Em – ôr – para escrever com amôr… / Todas as rimas em – ade – para rimar com saudade… / Todas as rimas em – uz – para rimar com Jesus, cruz, luz… // Enfeitar de flores de afeto em soneto ajustadinho / Todo trancado na sua chave de ouro… / Remexo os velhos livros…”

Sigo o seu conselho e vou remexendo pelas estantes alguns livros, não em busca da poesia parnasiana (“Ah! que saudade eu tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida…”) mas dos que falam sobre a vida e a obra do grade poeta.  Por exemplo: “Jorge Fernandes – O viajante do Tempo Modernista” (obra completa), organizada por Maria Lúcia de Amorim Garcia (RN/Econômico – 2009); “Livro de Poemas e Outras Poesias”, edição organizada por Veríssimo de Melo (Fundação José Augusto, 1970); “Jorge Fernandes – Um século depois”, de Gumercindo Saraiva – Clima Editora, 1987; “Leitura de Jorge Fernandes”, de Francisco das Chagas Pereira (Nordeste Gráfica/Fundação José Augusto, 1985, com uma capa marcante: bico de pena de Levi Bulhões retratando o Café Magestic);  ainda de Francisco das Chagas Pereira: “Jorge Fernandes e a (Nossa Editora, 1984); “Livro de Poemas”, de Jorge Fernandes, numa edição fac-similar da Fundação José Augusto, em 1997, comemorando os 70 nos da edição original (1927); “Jorge Fernandes- Centenário”, publicado pela RN-Econômico. 

Acrescente-se à lista o “Modernismo Anos 20 no Rio Grande do Norte”, editora da UFRN, 1995, e “Velhos Escritos de Jorge Fernandes”, da coleção Letras Natalenses, editado pela Capitania das Artes, 2008, ambos de autoria do Humberto Ermenegildo de Araújo.  Aí temos uma penca de livros fundamentais para conhecer melhor o grande poeta potiguar também consagrado por Mário de Andrade e Manuel Bandeira. É tempo de ler e reler a sua poesia, sempre.

Recitemos Jorge Fernandes:

“A luz elétrica do meu tempo / Vinha com a lua-cheia… / Cantavam dentro de mim / Todos os trovadores do passado… / Os olhos que amaram os trovadores / Esquecidos / Eram de novo lembrados / Nas canções dentro de mim…”

No livro de Maria Lúcia de Amorim Garcia, “Jorge Fernandes – O Viajante do Tempo Modernista”, entre tantos textos preciosos juntados à obra literária do nosso poeta maior, tem, na íntegra, uma entrevista que Jorge Fernandes deu ao então repórter Lenine Pinto e que foi publicada no Diário de Pernambuco em novembro de 1947, ilustrada com a foto dos dois. Lenine aí pelos 19 e 20 anos. Às folhas tantas da entrevista que tem o título de “Com Jorge Fernandes, Precursor do Movimento Modernista no Brasil”, Lenine perguntou a Jorge: “Qual a sua opinião sobre as Academias? ” O poeta respondeu:

– Adoro-as, as da minha infância, onde se pula de um pé só e sem nenhum formalismo. ”

Política
Diante do confuso, nebuloso, complicado cenário político brasileiro, vejamos o que diz o editorial de domingo do jornal o Estado de S. Paulo:

– A propaganda levada ao ar em rede nacional pelo PSDB, na quinta-feira passada, em que o partido diz que “errou” e que “é hora de pensar no País”, soou como   a cerimônia fúnebre de uma agremiação política que hoje não tem liderança, proposta ou direção reconhecíveis. Produzida e divulgada por insistência do presidente tucano interino, o senador Tasso Jereissati (CE), a peça é um desastre completo não apenas para o partido, mas para o País, pois sustenta de forma vulgar a mensagem deletéria segundo a qual a política está integramente danada.

– Essa demagogia barata não combina com um partido que sempre se julgou moderno e que pretendia inspirar em seus eleitores a esperança de que a política podia ser feita sem o apelo fácil às paixões populares. Se antes o PSDB “errou”, como diz, cometeu um erro muito pior ainda.

Qualidade de Vida
Hoje tem a segunda rodada do ciclo de palestras sobre Geriatria para Médicos, Doutorandos e Convidados, onde é exposto e debatido o tema “Como viver mais com boa qualidade de vida”. A partir das 19h30 no Colégio Marista, na Rua Apodi.

Quatro palestras: “Doenças cardíacas em idosos” (Dr. Cesimar Nascimento, cardiologista); “Principais doenças que acometem os idosos” (Dr. Paulo Roberto Albuquerque, pneumologista); “Doenças neurológicas em idosos, diagnóstico diferencial e parkinsonismo” (Dr. Marcelo Paiva, neurologista) e “A sexualidade na terceira idade” (Dr. João Benévolo Neto, sexólogo).

A renda do seminário será revertida para o Instituto Juvino Barreto.

Sinfônica Amanhã, no Teatro Riachuelo (20 horas) tem concerto da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte, dentro do projeto Quartas Clássicas, regência do maestro Linus Lerner. Três sopranos convidadas, as mexicanas Andrea Cortés Moreno e Liliana Del Conde e a porto-riquenha Elizabeth Rodriguez Berrios, atuarão como solistas.

No programa, Verdi, Puccini, Bizet, María Grever e Noel Estrada.

Cordel
Nas comemorações da Semana do Folclore, a Estação do Cordel promove no final da tarde de hoje, na Praça João Maria, na Cidade Alta, mais uma etapa do projeto Agosto do Cordel. Lá estarão os violeiros Felipe, Helâno e Marcos Medeiros, rodeados de cordelistas

Livro O Brasil é o país convidado de honra da Feira do Livro e da Cultura de Medellín,  na Colômbia, que acontecerá entre 10 e 17 de setembro. O Brasil deverá ser representado por mais de 40 escritores, editores, jornalistas literários, ilustradores, por aí.

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