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Lembrando Leopoldo Nelson

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Woden Madruga [ [email protected] ]

Amanhã, 4 de março,  faz 21 anos da morte de Leopoldo Nélson, o poeta, o pintor, o médico, o cientista, o pesquisador, o professor da UFRN, das mais extraordinárias figuras nascidas nesta terra potiguarânia. Tinha só 53 anos.  Formando em Medicina pela UFRN em 1968, fez Mestrado em Fisiologia,   no Paraná, e Doutorado pela Universidade Autônoma de  Barcelona, Espanha. Ele escreveu: “Dediquei-me ao estudo da fisiologia cerebral, talvez levado pelas minhas dúvidas filosóficas. Sou essencialmente agnóstico, humanista por princípio – e  tenho a intenção de compreender a psicologia humana”.

O poeta Sanderson Negreiros, seu companheiro pelos descaminhos de Natal,  somente um ano mais velho,  fez um retrato três por quatro do amigo e companheiro de geração:

“Conheci Leopoldo Nélson na adolescência louvável de todos nós. Éramos os jovens de uma geração, senão perdida, mas que pelo menos tentava encontrar seu rumo através de posições estéticas, e, a seu modo, filosóficas. Leopoldo, quase menino, lia em alemão e recitava o ‘Assim Falava Zaratustra’ com quem descobrira o universo, não pela teoria do super-homem, mas dentro de uma força vital que queria transcender de qualquer maneira à estiolada paisagem da província submersa.”

Leopoldo Nélson se considerava um barroco: “Eu sou um poeta Barroco. Não me interessam nem Escolas nem modismos. A alma do mundo atual é Barroca – apesar do avanço da tecnologia e da ciência. A alma do brasileiro continua sendo Barroca. A técnica elevou o padrão de vida, mas não modificou o homem por dentro. A vida e  comportamento continuam os mesmos . Os arquétipos. A dualidade entre a vida e a morte. A busca pelo melhor forma de matar, cada vez mais, um número maior de pessoas.”

Poderia falar sobre o boêmio, o notívago Leopoldo Nélson. Sua casa, na Rua das Margaridas, no Tirol, era o último cais para os derradeiros náufragos da madrugada. Poderia contar, como exemplo, a chegada  ali, de João Ubaldo Ribeiro numa dessas noitadas inesquecíveis. Bom, fica para outro ensejo, até porque Leopoldo  é um saudade permanente. Tem um livro que conta pedaços da vida dele, juntando alguns de seus quadros e de seus poemas: Leopoldo Nélson: canto pelo terceiro mundo, organizado por Ângela Almeida e Helenita Monte, publicado pela Edufrn, 2010. Acabei de folheá-lo.

Arrisco uma pergunta: Por onde anda a Via Sacra pintada por Leopoldo Nélson, adquirida pelo governo do Estado (Cortez Pereira) e doada a Catedral Metropolitana de Natal? São 15 telas, sua obra maior. A última informação que tenho, coisa de quatro, cinco anos, é de que a obra estava sendo restaurada pela Fundação José Augusto. Foi? Alguém sabe?

Um beijo para Margarida, outro para  Jovanka.

Política
Deu na coluna de Josias de Souza, no UOL:
– Titular da pasta das Relações Institucionais, o ministro Pepe Vargas (PT-RS) deveria ser o articulador político de Dilma Rousseff. Desde que assumiu o desafio, em 1º de janeiro, não conseguiu expor aos aliados do governo no Congresso um itinerário. Como o poder não tolera a impotência, seu colega Aloizio Mercadante (Casa Civil) assumiu o volante. E Pepe virou um articulador ornamental.

– Nos dois meses iniciais do segundo mandato, o nome de Pepe foi anotado na agenda oficial da presidente uma mísera vez, no dia 9 de janeiro. E não foi para uma conversa a sós, mas para uma reunião da qual tomaram parte também os ministros Mercadante e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência).

– Entre todos os 39 ministros, Mercadante é o que mais vira a maçaneta da sala de Dilma.

Jantando 
Final da tarde de ontem falava-se muito pelos corredores do Congresso sobre o jantar programado no Palácio da Alvorada no qual a presidente Dilma receberia as principais lideranças nacionais do  PMDB.

Chuva
Tem chuvas em todas as regiões do Rio Grande do Norte ocorridas no final da semana mais as de ontem.  Só que até meio da tarde o boletim da Emparn continuava embutido numa nuvem qualquer.

No Ceará choveu em  136 municípios pegando todas as regiões do estado,  principalmente no Cariri  que  tem pancada de 102 milímetros. Foi no município de Aurora. Coisa das 8  horas da manhã  o boletim da Funcene já estava no ar com todas essas informações.

Previsões de mais chuvas para hoje e amanhã. Lá no Ceará e aqui nas aldeias potiguares.

Livro 
Quinta-feira, 5, na Livraria da Cooperativa Cultural da UFRN, a partir das 18 horas, haverá o lançamento do livro Gestão dos jornais brasileiros na internet: um estudo sobre os fatores de aceitação, impactos e oportunidade no ambiente  digital, de Renato Fonseca Alves de Andrade,  mestre em Administração. É sua tese de doutorado.

Energia 
Derna de ontem, 2 de março, que  preço da energia elétrica no Brasil está mais caro, numa média 32%. É mais um brinde do começo do segundo governo Dilma Rousseff.

Mais crise 
Deu na coluna de Ancelmo Gois, de o Globo:

“Do prefeito Helil Cardozo, de Itaboraí (Estado do Rio de Janeiro), sobre a crise da Petrobras que constrói um polo petroquímico na cidade:

– Tem motel fechando”.

Canteiro 
A Prefeitura precisa abrir os olhos para o canteiro central da  Avenida Deodoro, quando ela chega  quase na esquina com a rua Manoel  Dantas. O espaço público transformou-se num bar de calçada, churrasqueira, mesas  e cadeiras, fogão aceso,  gato na energia. A lixeira ao lado espelhada pela rua.

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