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Liga do Nordeste quer ampliar a disputa

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Um debate que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional: a necessidade da redução ou remodelação dos campeonatos estaduais, chegou a nossa região. O presidente da Liga do Nordeste, Eduardo Rocha, não esconde que os planos da entidade é avançar no número de datas dentro do calendário nacional, para realizar uma Copa do Nordeste maior e realizar o lançamento da segunda divisão do torneio, que no Brasil, em termos de público e arrecadação atualmente, só perde para o Campeonato Paulista, se colocando como a segunda competição mais rentável da primeira parte do calendário nacional.
Em questão de público e arrecadação, Copa NE só perde para o Paulistão
Em questão de público e arrecadação, Copa NE só perde para o Paulistão
As conversas e negociações estão avançando, por sinal, a criação da segunda divisão nordestina foi uma promessa de campanha de Eduardo Rocha, quando lançou a candidatura para retornar à presidência da Liga NE.
“Essa competição veio para ficar, antes mesmo do início do torneio conseguimos fechar com um novo patrocinador o que irá servir para aumentar a premiação dos clubes que estão na disputa em 2020. Estamos certo de que a Copa do Nordeste veio para ficar dentro do calendário nacional e estamos olhando com bastante atenção o cenário esportivo brasileiro. Dentro das dificuldades encontradas na refião e trabalhando com os pés no chão, temos buscado fazer um campeonato a cada ano mais pujante e melhor sucedido em termos financeiros”, destacou Rocha.
O dirigente potiguar não esconde o orgulho que tem por não ter desistido da realização da Copa do Nordeste, quando está, no início dos anos 2000 foi retirada do calendário oficial da CBF, justamente num momento em que o torneio alcançava altos picos de interesse, tando na parte de público quanto comercial. Indignado com a ação unilateral da CBF, Eduardo Rocha que fazia sua primeira passagem pela presidência da Liga, entrou numa batalha judicial contra a Confederação brasileira de Futebol que foi vencida em todas as instâncias e, através de acordo, recolocou a Copa Nordeste novamente no calendário futebolístico.
“Me orgulho muito de ter participado da batalha travada na justiça para manutenção da realização desse torneio. Como já frisei, a competição é um sucesso e veio para ficar. O clube campeão, além de receber uma cota de R$ 1,8 milhão, ainda garante uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil do próximo ano, o que vai garantir a este campeão mais uma cota de R$ 2,5 milhões. Isso não é um valor desprezível, muito pelo contrário, pode oferecer ao clube um certo equilíbrio financeiro. Aquele que menos recebe hoje dentro da Copa NE, tem direito a R$ 1 milhão pago no inicio da Copa”, ressaltou.
Eduardo Rocha não esconde o desejo de cumprir uma de suas metas de campanha e criar a segunda divisão da competição regionalEduardo Rocha não esconde o desejo de cumprir uma de suas metas de campanha e criar a segunda divisão da competição regional
A nova fórmula de disputa, que prioriza a realização da maior quantidade de clássicos possíveis, na visão de Eduardo Rocha também vai ajudar a acirrar a rivalidade, o que deve melhorar o nível técnico do torneio. Na prática, desde que retornou ao posto de competição oficial, em 2013, que os clubes da região vêm se revezando na divisão de elite do futebol nacional, mantendo uma média de, no mínimo, três clubes na Série A  e, no máximo, quatro equipes. O único ano fora desse contexto foi 2015, quando apenas o Sport disputou a divisão de elite.
Na temporada atual a região estará representada por Bahia, Ceará e Fortaleza, que conseguiram se manter na Série A, que ainda vão contar com a chegada do Sport, um dos clubes que conquistaram o acesso na temporada passada.
Frente a todos os benefícios promovidos aos clubes da região, Eduardo Rocha reforçou que existe sim um pensamento para se promover um alongamento do Campeonato do Nordeste e que alguns estudos de viabilidade já estão sendo realizados. Mas a questão é delicada pelo fato de a Liga do Nordeste não querer entrar em rota de colisão com as federações de futebol do Nordeste, afetando a realização dos estaduais.
“Não temos interesse em levar prejuízo a realização dos estaduais, estamos estudando fazer a alteração com algumas adaptações, inclusive na própria fórmula de disputa. Ninguém pode brigar contra o fator financeiro, a Copa do Nordeste é hoje para os clubes da região o torneio mais rentável”, frisou Rocha.
Como estão ciente da importância de manter ativos os clubes que estão fora da fase de grupos da Copa do Nordeste, uma vez que a região dispõe de pelos menos trinta clubes de camisas tradicionais, o dirigente acredita que o próximo passo será planejar a realização da segunda divisão da Copa NE, abrindo mais espaço para as agremiações emergentes do região.
“Nossa meta com o lançamento dessa segunda divisão do Campeonato do Nordeste é dar condições para tornar essa competição perene. Teremos um encontro importante para debater o tema no Recife, já existe uma boa aceitação das federações, já conversei sobre isso com o presidente da FNF, José Vanildo, com isso pode se alongar os próprios estaduais e a competição que se tornou a menina dos olhos  do torcedor nordestino, que é o nosso torneio regional”, disse.
A Copa do Nordeste vem sendo  um grande indutor do crescimento financeiro e técnico dos clubes da região. Quem lutou contra a realidade, caso do Sport Recife, que chegou até a pedir desfiliação da Liga em 2018, sentiu na pele o poder arrecadador do torneio e em 2020 ressurgiu no cenário, completando a lista de clubes fundadores da Liga do Nordeste. 
Com mercado financeiro limitado, trabalhando separados, a maior parte dos clubes da região encontram dificuldades para fechar patrocínios pessoais, mas buscam suprimir a diferente da realidade, por exemplo, entre os clubes potiguares e os da Bahia, com muita criatividade, trabalhando a revelação de novos valores.
Segundo Eduardo Rocha, a dupla ABC e América só tem a comemorar essa participação na fase de grupos da Copa do Nordeste, pois se computados todos os benefícios que poderão ter, realizando uma boa campanha, o incremento financeiro nas contas desses clubes pode chegar a E$ 2,3 milhões. Caso não consigam passar sequer da primeira fase, ainda assim eles vão ter um incremento mínimo de R$ 1,6 milhão.
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