A resposta positiva do Judiciário nem sempre é garantia do atendimento imediato. A aposentada Francineleide de Melo, 61 anos, teve demanda judicial aceita no último dia 29 de maio. Ela precisa realizar uma intervenção cirúrgica para tratamento de cálculo renal e colocar um cateter que garanta o escoamento da urina até que o cirurgião responsável ache seguro retirá-lo. Entretanto, até a última quarta-feira, dia 2, nenhum procedimento foi iniciado e ela aguarda por tratamento.
Na decisão proferida, a Justiça ordenou que a cirurgia, seja na Rede Pública ou em instituição privada, fosse realizada no prazo de dez dias, ou seja, o procedimento deveria ter acontecido até o último dia 8 de junho.
#SAIBAMAIS#Em nota, a assessoria de imprensa da Sesap esclareceu que “não há um contrato vigente com prestador que realize o procedimento pelo Estado” e que a secretaria “fez um convite aos prestadores privados, publicado em Diário Oficial, entretanto nenhum prestador respondeu ao convite”.
Dessa forma, a paciente tem como opção ingressar com um novo pedido de demanda judicial para procurar autorização fora do Rio Grande do Norte, até encontrar um prestador que se prontifique a realizar a operação. O custo do procedimento foi orçado em R$ 31 mil, a serem pagos pelo Governo do Estado do RN.
Francineleide precisa ser submetida a uma ureterorrenolitotripsia flexível a laser. O procedimento consiste no tratamento de cálculos de ureter e rins, através da uretra, mas sem a necessidade de incisões ou internações prolongadas.