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Lionel Messi absoluto

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Alex Medeiros 
Eu poderia ter comentado na crônica de ontem mais esta marca fantástica estabelecida por Messi ao conquistar sua sétima Bola de Ouro de Melhor do Mundo. Mas preferi encaminhar a coluna para a redação da Tribuna minutos antes da cerimônia da France Football no Théâtre du Châtelet, em Paris. E assim poder contemplar tranquilo a entrega do troféu ao segundo maior gênio do futebol em toda a sua história iniciada em outubro de 1863, na Inglaterra.
Nos últimos dezessete anos, desde outubro de 2004 até agora, um dos melhores programas que desfruto, com ritual beirando uma manifestação religiosa (agora entendo David Foster Wallace diante de Roger Federer), é assistir os espetáculos apresentados por Messi nos gramados do planeta. Inesquecível foi o sábado, 19 de novembro de 2005, quando em solo espanhol me juntei a muitos para ver seu primeiro confronto contra o Real no Bernabeu.
A tarde-noite foi gloriosa para Ronaldinho, o craque do Barcelona e ídolo do garoto Messi, que entrou no segundo tempo com a camisa número 30. O brasileiro marcou duas vezes, Eto’o uma vez e o argentino entortou os blancos.
De lá para cá nunca houve uma semana que Messi não fizesse uma jogada espetacular ou um gol com sua marca de talento. Estraçalhou zagueiros e recordes em série, numa coleção de marcas inimagináveis para um mortal.
“Messi é um jogador de Playstation!”, afirmou uma vez Arsene Wenger, ao vê-lo humilhar o Arsenal de Londres. A Folha estampou “Messi faz quatro no Arsenal, três espetaculares, e assombra a Copa dos Campeões e o planeta”.
Ontem, após assistir a conquista da sétima Bola de Ouro, fui navegar nos arquivos dos milhares de textos que venho publicando em jornal há tanto tempo. Achei dezenas de artigos e centenas de citações de terceiros sobre ele.
Li de novo Maradona dizendo em 2007 que “Leo é genial, talvez um degrau abaixo de Ronaldinho Gaúcho, que começou antes”; e Pelé parabenizando-o em 2008 pelo segundo ouro olímpico, quando o Brasil não tinha ainda o seu. 
Publiquei em 2009 a declaração de Zico a respeito da expectativa da Bola de Ouro daquele ano: “Seria o Messi. Na Minha opinião, é o único gênio jogando futebol nos tempos de hoje”, sentenciou o Galinho, ele mesmo também gênio.
Cultuar o futebol mágico de Lionel Messi me lembra o belo livro do saudoso Márcio Moreira Alves, que encontrei no Rio de Janeiro em 2001, após uma recomendação de Nei Leandro, para pedir um texto para o livro da Copa 1970.
O jornalista e ex-deputado tinha lançado “Gostei do Século”, um conjunto de crônicas sobre coisas e personalidades do século XX que marcaram sua vida. No encontro, lhe disse que era dádiva viver no tempo de Beatles e do rei Pelé.
Quatro ou cinco anos depois daquele papo no Bar Manolo, em Botafogo, eu pensei muito em voltar a vê-lo para acrescentar o prazer de viver na era dos gols de Messi, definitivamente comparável a Pelé, Cruijff, Maradona e Best.
E desde a esplendorosa carreira do rei Pelé, nenhum outro jogador na superfície da Terra havia oferecido um conjunto de maravilhas tão amplo. E o melhor, tudo transmitido ao vivo para o mundo, no registro instantâneo do fato.
Mais uma vez, como nas seis anteriores, o fenomenal jogador argentino está nas capas dos jornais e sites dos continentes, enaltecido nas TVs e rádios, mitificado nas redes sociais. Um Messi absoluto ergueu a sétima Bola de Ouro acima da cabeça e de novo tendo o mundo aos seus pés.
Primeira
E a menina natalense Isadora Leite Chaves da Costa foi a grande vencedora do concurso nacional do Instituto Sicoob para o Desenvolvimento Sustentável. O seu desenho sobre sustentabilidade superou milhares em todo o Brasil.

Peixes
O desenho de Isadora alerta as pessoas para o risco de jogarem restos de comidas ou objetos no mar, que vai adoecer os peixes, que por sua vez irão adoecer os humanos. O recado do perigo em cadeia sensibilizou os julgadores. 
Lacra News
Primeiro foi o estagiário do Estadão, Victor Pinheiro, discordando do ganhador do Nobel de Medicina em assunto de saúde. Agora é a colunista do UOL, Carla Araújo, criticando a música de Richard Wagner, já que foi um ídolo de Hitler.
Moro 22
Na GloboNews, a bela Ana Flor empolgou-se com Sergio Moro e afirmou que o ex-juiz está roubando muitos votos de Jair Bolsonaro. José Roberto Burnier complementou: “e nós aqui que entendemos mais ou menos de política…”.
Moeda
Os pequenos El Salvador e Guadalupe se tornaram epicentros de um movimento chamado Insurreição Global contra a Ocupação dos Banqueiros, tocado por investidores de criptomoedas que as querem como reserva global.
Coppolla
A Jovem Pan News estreou ontem em suas plataformas o Boletim Coppola, diariamente no ar às 17h50, com a opinião de Caio Coppolla. A vinheta do programa é um clássico do Oasis, a banda preferida do novo apresentador.
Prêmio
O nome do potiguar Ítalo Ferreira está bem votado no Prêmio Brasil Olímpico que elegerá o melhor atleta do ano entre diversas modalidades. O que não entendo é Douglas na lista, que não é nem o sexto lugar na seleção de vôlei.
Flamengo
Enfim, um grão de pó de lucidez no comentário de Casagrande dizendo que o elenco do Flamengo não tem mercado na Europa. Mesmo Arrascaeta e Bruno Henrique (os melhores), como 28 e 30 anos, não são ofertas do tipo top do top. 
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