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Literatura brasileira em Portugal

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Woden Madruga [ [email protected] ]

Lendo o jornal Público, de Lisboa, em sua edição onlaine de ontem (30), fiquei sabendo da chegada da melhor literatura brasileira às livrarias e bibliotecas de Portugal. O título da notícia já ressalta a boa nova: “A grande literatura brasileira numa coleção de referência”. Um subtítulo dá conta dos primeiros autores da coleção: Machado de Assis, Euclides da Cunha, João Cabral de Melo Neto e ainda Alfredo Bosi. A coleção foi organizada pela Academia Brasileira de Letras que é parceira, nesse projeto, da editora portuguesa Glaciar. Os quatro primeiros volumes foram lançados segunda-feira, segundo noticiou o Público:

– A editora portuguesa Glaciar e a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançaram esta segunda-feira, na Fundação Gulbenkian,  os primeiros quatro volumes da coleção Biblioteca de Academia, um projeto editorial que se propõe lançar em Portugal, ao longo dos próximos anos, 25 obras fundamentais da literatura e cultura brasileiras. Os quatro títulos já lançados – aos quais se juntará ainda este ano O Ateneu, de Raul Pompeia, uma notável singularidade impressionista na ficção brasileira do final do século XIX – mostram bem as ambições desta coleção, que aposta em edições de referência, volumosas, muito cuidadas e bastante caras.”

A matéria é ilustrada com uma fotografia de Machado de Assis. No lançamento estiveram presentes dois imortais brasileiros: o poeta Antônio Carlos Secchin, que é o coordenador da coleção, e o escritor e historiador Alfredo Bosi, autor de a Dialética da Colonização, livro incluído entre os quatro que formam a  primeira fornada que chega a Portugal. Aliás, como destaca o jornal de Lisboa, o Bosi é uma exceção: “A única e ‘grata’ excepção’ à regra de não incluir autores vivos na coleção”
Destaco o registro que o Público fez sobre o primeiro volume da coleção que tem o preço salgado de  80 euros (lá se vão mais de 200 reais):

– O primeiro volume é uma monumental compilação  dos dez romances de Machado de Assis, precedidos de uma extensa apresentação do ensaísta e professor de literatura brasileira Luís Augusto Fischer, igualmente responsável pela fixação do texto. Se os romances da chamada trilogia realista de Machado de Assis – o genial  Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899) – foram sendo regularmente publicadas em Portugal, já os seus primeiros livros, como Ressureição (1872), A Mão e a Luva (1874) ou Helena (1876), dificilmente se encontram nas livrarias, e ainda menos edições fiáveis.

– Com mais de 1.500 páginas e capa dura, o livro custa 80 euros. Os restantes volumes já lançados são mais pequenos e mais baratos, com preços que andam entre 30 e os 50 euros. “Os livros são caros, não vou dizer que são baratos”, reconhece o editor da Glaciar, Jorge Reis-Sá, mas afirma que preferiu “editar obras que podem durar 20 anos”, e não pensando para a cada vez mais vertiginosa rotação das novidades nas livrarias.

O jornal faz ainda menção especial a Os Sertões, bem ao estilo português:

– Um dos quatro volumes já lançados é de resto, uma das mais inclassificáveis obras da literatura de língua portuguesa de todos os tempos: o extraordinário Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha, que é uma emocionante história da Guerra dos Canudos e uma epopeia da vida sertaneja no final do século XIX, mas que também pertence de pleno direito à literatura científica, com a sua detalhada informação geográfica, histórica e sociológica.

Vaquejando o tempo
Já é outubro, estamos em outubro e é chegado o tempo, então, de vaquejar pelas trilhas dos sinais de inverno por estes sertões brabos do semiárido.

Fui bater nas porteiras do saite CPTC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) que faz dobradinha com o Inpe. Peguei a previsão do tempo para hoje, valendo até sábado, 4. Está lá escrito: “No centro-sul do Maranhão, em grande parte do Piauí, no oeste e sul do Ceará, extremo oeste da Paraíba, de Pernambuco e da Bahia: variação de nuvens e pancadas de chuva a qualquer hora do dia. Nas demais áreas da região: sol e poucas nuvens. Temperatura elevada”.

Economia
As manchetes ao redor da economia brasileira arrepiam de medo a plateia indefesa. Sem luz e sem túnel. Uma manchete estampa: “Petrobras despenca 11% e puxa maior queda da Bolsa em três anos”. Outra: “Pelo quarto mês seguido, a União (governo federal) gasta acima da arrecadação e afunda nas contas”. Mais outra: “As Contas Públicas têm pior resultado desde 2001 com 4 meses de déficit”. Quarta manchete: “Brasil tem déficit primário de R$ 14,46 bilhões em agosto, o pior resultado do período”

Situação gravíssima
Para a analista de economia, Miriam Leitão, o  cenário brasileiro é de extrema gravidade:
– O que está acontecendo nas contas públicas é gravíssimo. A solidez fiscal necessária para sustentar a estabilização da economia está se desfazendo. Se alguém tinha alguma dúvida, o dado que acaba de ser divulgado pelo Banco Central eliminou todas elas: quatro meses de déficit primário! É um déficit gigante, o maior de que se tem registro (…)  Brasil nunca havia tido descontrole tão grande, seguidas vezes.

Música
Hoje, primeiro de outubro, consagrado a Santa Teresa do Menino Jesus, também é o Dia Mundial da Música, por decisão da Unesco, desde 1975. Para comemorar, escolhi o baião de Luiz Gonzaga, o chorinho de Pixinguinha e o fado de Carminho.

Calendário
 Amanhã é o último dia de propaganda eleitoral, tevê e rádio livres. Um alívio. Contando nos dedos, faltam apenas três dias para a eleição e 89 para o término do mandato da governadora Rosalba Ciarlini.

Pesquisa
Anuncia-se mais  três pesquisas estaduais até sexta-feira, entre elas outra do Ibope. Na última, anunciada noite de segunda-feira, na disputa para governador do Estado, manteve-se a liderança de Henrique Eduardo. Perdeu dois pontos em relação à pesquisa anterior, de 15 de setembro, quando tinha 40% das intenções de voto. Tem agora 38%.

O candidato Robson permaneceu onde estava: 31%. Maioria de sete pontos para Henrique. Como a margem de erro é de três pontos para mais  e três pontos para menos, é  factível admitir que a maioria de Henrique permanece em torno dos 10 pontos, como está registrada nas três últimas pesquisas do Ibope e também na da Consult.

O número de indecisos continua alto: 10%. O mesmo da pesquisa do dia 15 de setembro.

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