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Litro da gasolina está 11% mais caro

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Nathalia Campero
Repórter

A gasolina e o óleo diesel estão mais caros a partir de hoje. Em menos de duas semanas, a Petrobras reajustou o valor do litro da gasolina nas refinarias em 11,1%. Foram cinco aumentos consecutivos e uma redução de 1,1% no período, que praticamente não foi sentida pelo consumidor. Os usuários de óleo diesel também notaram o peso dos reajustes que, até hoje, somam 9,4%. Em alguns postos da capital potiguar, o valor da gasolina comum chega a R$ 3,99.  Pelo litro da gasolina aditivada está sendo cobrado, nos postos da bandeira Petrobras, R$ 4,06. Já o óleo diesel não custa menos de  R$ 3,49 por litro.

Redução da produção de petróleo no Golfo do México, após passagem do Furacão Harvey, causou disparada do preço da gasolina nos Estados Unidos e no Brasil

Redução da produção de petróleo no Golfo do México, após passagem do
Furacão Harvey, causou disparada do preço da gasolina nos Estados Unidos
e no Brasil

#SAIBAMAIS#Ontem, a Petrobras anunciou para hoje mais uma alteração no preço dos combustíveis, o terceiro somente neste mês de setembro. Em nota, a empresa disse que “ oGrupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da Petrobras decidiu autorizar reajustes de +0,1% no diesel e +3,3% na gasolina, uma vez q o limite de variação de +/- 7% fixado pela política de preços da companhia para decisões da área técnica foi atingido. O reajuste entra em vigor à zero hora de 05 de setembro de 2017”. No acumulado, as revisões de valor superam os 11% (veja box ao lado com o histório dos reajustes e percentuais).

A justificativa para a mudança do preço, segundo a Petrobra, foi o Furacão Harvey, que destruiu partes dos estados do Texas e Louisiana, nos Estados Unidos. “Na última semana, em face dos impactos do furacão Harvey na operação das refinarias, oleodutos, e terminais de petróleo e derivados no Golfo do México, os mercados de derivados sofreram variações intensas de preços”, disse a Petrobras em nota. Nos Estados Unidos, o custo do litro da gasolina subiu, em média, 60 centavos de dólar e, num efeito cascata, provocou aumento nos preços de alimentos e insumos básicos transportados pelas rodovias.

Sobre a variação de preços no Rio Grande do Norte, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos/RN) informou por meio de nota que não tem qualquer gestão sobre preço de combustível, e por esse motivo, não tem como falar em quanto o reajuste será implantado ou a partir de quando. O consumidor, porém, sabe onde e como as mudanças quase diárias de preço apertam.  “A despesa mensal está aumentando muito. Hoje não compensa mais encher o tanque, porque quase todo dia o valor muda. Dependemos do transporte particular, estamos reorganizando as contas, tirando dinheiro do lazer para continuar resolvendo as coisas diárias de carro, já que o transporte público ainda não é muito seguro”, declarou Francisco Klebson, enquanto abastecia o carro ontem à tarde.

De acordo com o coordenador do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do RN, Cyrus Benavides, a nova política de adoção de valores instituída pela Petrobras é passível de críticas. “Todas as vezes que há reajuste somos surpreendidos e nem sempre estamos preparados para isso. Dessa forma, orientamos a população a comparar preços para fazer o próprio mercado diminuir o valor. Abusividades serão notificadas”, afirmou. Atuando no combate à formação de cartéis, quando postos praticam o mesmo valor e não há competição de mercado, o Procon/RN está realizando vistoria nos postos de combustíveis de todo o estado. Com o último reajuste, a rotina de fiscalização foi intensificada.

Arrecadação
Para o secretário de Tributação do Estado, André Horta, a alta no preço provoca o aumento da arrecadação, mas também inibe o consumo. “Se pudéssemos regular o mercado, deixaríamos esse setor com o preço mais baixo de todos. A dinâmica é muito alta e com o aumento no preço o consumidor pode diminuir a compra. Nessa situação, o ganho em arrecadação para o Estado é relativo”, declarou.

Composição de preços
Entenda abaixo como a Petrobras ajusta, para mais ou para menos, o valor dos combustíveis de acordo com a dinâmica econômica do mercado externo.

As explicações abaixo constam no portal da estatal na internet: A política de preços para a gasolina e o diesel vendidos em nossas refinarias às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, que representa a alternativa de suprimento oferecido pelos nossos principais concorrentes para o mercado – importação do produto. Além de uma margem que considera os riscos inerentes à atividade de importação como volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, atrasos e perda da especificação de qualidade.

Em busca de convergência no curto prazo com a paridade do mercado internacional, analisamos nossa participação no mercado interno e decidimos periodicamente se haverá manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias.

Ajustes
Entre a última semana de agosto e a primeira deste mês de setembro, foram registrados seis aumentos no valor do litro do óleo diesel; cinco aumentos no preço do litro da gasolina e uma redução. Relembre:

Dia 29.08.2017
Diesel: 1,1%
Gasolina: 0,4%

Dia 30.08.2017
Diesel:  0,5%
Gasolina:  -1,1%

Dia 31.08.2017
Diesel: 2,5%
Gasolina:  0,5%

Dia 01.09.2017
Diesel: 0,8%
Gasolina:  4,2%

Dia 02.09.2017
Diesel: 4,4%
Gasolina:  2,7%

Dia 05.09.2017
Diesel: 0,1%
Gasolina:  3,3%

Totais:
Diesel:  9,4%
Gasolina:  11,1%

Fonte: Petrobras

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