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Liv Tyler, 45 anos

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Alex Medeiros 
Gosto de reverenciar com um Q de carinho literário as personalidades que de uma forma ou outra se inserem na minha viagem pela vida. Hoje exprimo como num galanteio à distância o aniversário da atriz e ex-modelo juvenil Liv Tyler, que eu contemplei pela primeira vez em 1997, quando o nascimento de mais um filho me impôs horas a mais em casa, aumentando o consumo de fitas VHS alugadas nas locadoras. Liv estava no filme do ano anterior, Beleza Roubada.
Aos 18 para 19 anos, no esplendor da sensualidade que a idade carrega, a garota protagoniza uma adolescente chamada Lucy Harmon, que viaja para a Toscana depois do suicídio da mãe e vai passar o verão na casa de um casal inglês na região de Siena. Não evitei o impacto da imagem de Liv Tyler, um corpo belo e longilíneo, um olhar de espetar libido, a boca voluptuosa e suculenta como uma manga rosa recém-tirada do pé. Uma catedral anatômica.
As gerações que naquele 1996 variavam entre os 20 e os 40 anos, sabem que ao lançar Beleza Roubada, o gênio Bernardo Bertolucci estava dando ao cinema, sem dúvida, uma das mais valiosas obras da sexualidade emergente.
Mais de 25 anos depois, o filme ainda habita nossas memórias e merece resgate nos posts do Twitter ou nos feeds do Instagram. E quem assistiu na época e, como eu, reviu depois, sabe da curva e do ponto comportamentais.
Beleza Roubada foi como uma folga de Bertolucci no play ground do intelecto, uma recreação leve após o trabalho pesado dos anteriores “O Céu que nos Protege”, “O Último Imperador” e “O Pequeno Buda”, sua Trilogia do Oriente.
E foi a apresentação glamorosa de Liv Tyler, que vinha de três ou quatro coadjuvâncias desde que foi descoberta no papel de modelo. O roteiro tinha estreitas semelhanças com sua própria existência em busca do pai biológico.
A mãe improvisou paternidade e sobrenome no namorado Todd Rundgren, até quando a menina fez 11 anos e descobriu que o verdadeiro pai era o vocalista da banda Aerosmith, Steven Tyler, de quem ela agora tem nome e origem.
Em Beleza Roubada, a personagem Lucy também procura o pai biológico e está envolta em autodescobertas e conflitos, como a presença do amor e da família, a questão da virgindade feminina na cultura machista ainda em voga.
Sua beleza que debutou com Bertolucci foi ao longo dos anos se entranhando na nossa contemplação em “Armageddon” (1998), na saga “O Senhor dos Anéis” (2001-2004), em “Menina dos Olhos (2004) e “O Incrível Hulk” (2008).
Ao ler ontem matérias em sites de cinema sobre seu aniversário de 45 anos, fiz uma viagem a 1975, o ano em que a banda do seu pai explodiu de vez nas paradas com o LP “Toys in the Attic”. O ano em que eu cheguei na Candelária.
Liv Tyler nasceu quando eu ouvi pela primeira vez um som do Aerosmith, num disco que um amigo botou pra rodar na vitrola do meu vizinho Breno Cabral, o mestre do vôlei que me deixou de guarda na casa durante viagem de trabalho.
– “Faça festa, traga as meninas, beba todas, mas não deixe a casa sozinha”, foi o recado do vizinho para o moleque de 17 anos. O disco era “Rocks”, lançado em 1976. Nunca fui fã da banda, mas acho legal viajar agora imaginando Steven Tyler pegando a cantora Bebe Buell e gerando Liv Tyler em outubro daquele ano, garantindo sua chegada no mês do rock de 1977.
Educação 
A esquerda tem tática e método permanentemente ligados e não deixa passar a oportunidade do ataque. Uma CPI do MEC no caso dos pastores é para anular intenções de uma CPI ampla na pasta que virou usina da pauta petista.
Educação II 
Desde a ascensão de FHC, o MEC passou a ter militantes em cargos chaves e que ganharam maior dimensão com Lula e Dilma. Se tornou a caixa de Pandora que armazena as metodologias de Paulo Freire e Antonio Gramsci.
Pedofilia 
Alguém conhece um manual de jornalismo, um trecho do código civil, um decreto especial, qualquer coisa que imponha esse tabu da não nominação dos criminosos presos por pedofilia? É um mistério na imprensa, justiça e polícia. 
Grotesco 
A que ponto chegou a escatologia de gênero. O diário Crônica, de Buenos Aires, destacou uma mulher de 28 anos que se diz um bebê após o trabalho de analista de sistema. Usa chupeta, fraldas e só dorme ouvindo contos de fadas.  
Barbie 
A famosa boneca da Mattel, criada em 1959, não é mais apenas brinquedo de meninas. Com o anúncio do filme da Warner Bross, a Barbie – interpretada pela deliciosa Margot Robbie – já está atraindo a atenção dos marmanjos.
Audiência 
Após o enorme sucesso dos filmes “O Homem de Toronto”, “Arremessando Alto” e “A Ira de Deus”, a Netflix viralizou mais um, “Amor e Gelato”, um romance em solo italiano que está arrebentando na preferência dos usuários.
Lacração 
Assim como há torcedores do Flamengo desconfiando de uma maldição do patrocínio Havan para os tropeços do time, há fãs de Fórmula Um certos que a queda de Lewis Hamilton foi após ele se ajoelhar e usar as cores do arco-íris.
Top Ten 
De Luiz Marinho: “Pelé, Garrincha, Zico, Nilton Santos, Falcão, Ronaldo, Marinho Chagas, Alberi, Ademir da Guia, Carlos Alberto”. E de Lineu Torres: “Pelé, Garrincha, Gerson, Tostão, Rivellino, Jairzinho, Clodoaldo, Carlos Alberto, Brito, Everaldo”.
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