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Logística com novo aeroporto não será problema para setor

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Andrielle Mendes – repórter

A transferência dos voos comerciais do Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, para o de São Gonçalo do Amarante (prevista no contrato de concessão do novo aeroporto), não trará nenhum prejuízo ao Turismo potiguar. Essa é a avaliação das associações e entidades ligadas ao setor. A Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis no RN (ABIH/RN), o Natal Convention & Visitors Bureau e a Cooperativa do Desenvolvimento do Turismo do Rio Grande do Norte (COOHOTUR) fazem apenas uma ressalva: o novo aeroporto e os acessos precisam ficar prontos na mesma data. “Caso contrário, o benefício se converterá em malefício”, justifica Habib Chalita, presidente da ABIH/RN. Segundo afirmou a governadora Rosalba Ciarlini este mês, durante visita do consórcio Inframérica – que venceu o leilão do novo aeroporto – os acessos começarão a ser construídos até o final do ano. A expectativa é que estejam prontos antes da Copa do Mundo de 2014.

George Costa, presidente do Natal Convention & Visitors Bureau (entidade que desenvolve o turismo de negócios em Natal),  ressalta que transferir a ‘porta de entrada’ dos turistas de Parnamirim para São Gonçalo aumenta em mais de 10km (em mais de 50%) a distância entre aeroporto e Via Costeira – corredor que concentra alguns dos principais hotéis natalenses. “A distância, entretanto, não será problema, se o acesso ao local for fácil”, pondera George. Habib Chalita, da ABIH/RN, concorda. “Não é a distância que preocupa, mas o deslocamento”, afirma.

A ‘desativação’ do Aeroporto Augusto Severo, que voltará a ser controlado pela Aeronáutica a partir de 2014, segundo o contrato de concessão, foi confirmada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na última semana e abordada em reportagem publicada no domingo passado pela TRIBUNA DO NORTE. “A decisão do Governo Federal (em transformar o Augusto Severo em um aeroporto militar) está descrita no contrato e não houve qualquer alteração ou manifestação de alterações das partes competentes para isso”, afirmou a Agência. Caso a cláusula seja descumprida, o governo indenizará o concessionário. “O poder público se compromete a fechar o Aeroporto Augusto Severo e se não o fizer, deverá compensar financeiramente o concessionário”, diz a Anac.

O presidente da Cooperativa do Desenvolvimento do Turismo do Rio Grande do Norte (COOHOTUR), Sérgio Gaspar, relembra que aeroportos em todo o Brasil estão deixando os centros e indo para lugares mais distantes.

CAPACIDADE

As três entidades também concordam que a capacidade do novo aeroporto (5,8 milhões de passageiros por ano, em 2014) é suficiente para suprir a demanda do estado, num primeiro momento. George relembra que o novo aeroporto poderá ser ampliado. Segundo projeções da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), entre 2014 e 2024, sua capacidade saltará para 11,4 milhões de passageiros por ano (um incremento de 96,5%).  Já Sérgio Gaspar cita a possibilidade de reativação do Augusto Severo, caso seja necessário em razão do crescimento da demanda.

A ABIH/RN acredita que o novo aeroporto atrairá hotéis e pousadas para o município de São Gonçalo e para o seu entorno. “Este movimento é natural, mas não há nada oficial ainda”, diz o presidente da Associação.

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