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Luiz Henrique

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Rubens Lemos Filho
Quando nasceu meu primeiro filho, em 1993, nenhuma emoção chegará ao quinquágésimo lugar comparada a tê-lo nos braços. Caí no porre sagrado, era um pai de família de 23 anos na velha redação desta Tribuna do Norte, garantindo o sustento do salário pago, justo e em dia, na reportagem política, também fazendo trabalhos publicitários e de assessoria de imprensa com meu parceiro Ciro Pedroza. 
Assim que Caio abriu o berreiro, lembrei-me da canção mais bela de Caetano Veloso: Olha o Menino. Ali estava meu amor, minha esperança, minha tensão escancarada, meu sonho de algo melhor do que eu. E passei cantar baixinho o trecho que, na minha juvenil opinião, sintetizava a vida que levaríamos: “Eu só quero que Deus me ajude e o menino muito mais também, pois a rosa é uma flor e a flor é uma rosa é o menino não é ninguém”. 
Durante 29 anos, lutei e consegui que Caio fosse e seja um homem de bem, embalado pela letra do gênio musical do país. Ontem, o ABC estava campeão e um menino desfez a festa. No estádio vazio, de uniforme despojado, até espoliado, o goleiro Luiz Henrique era ele e mais ninguém, como quem chega direto do útero ao lençol cobrindo seu primeiro frio de vida. 
Graças ao terceiro goleiro, de hombridade primeira, o Globo conseguiu seu primeiro título estadual. Não havia reserva, não havia chance para vacilações. Luiz Henrique pegou um pênalti quando seria temerário levar o gol. Luiz Henrique é o menino. Do Globo campeão. 
ABC 
Olha mais para o time, ABC. Sem meio-campo, sem organização. Ao final, restou o triste posto de vice, que, na prática, é o primeiro. Dos que perderam. 
Renatinho 
Renatinho Potiguar é o melhor técnico feito no Rio Grande do Norte. Ninguém lê jogo igual a ele. Conseguiu levar a leveza do craque na lateral-esquerda para a beirada do campo. 
Vi primeiro 
Detesto a história do eu disse primeiro, mas foi esta coluna a defender imediatamente a contratação de Renatinho Potiguar logo na perda do campeonato estadual pelo América. 
Teimosos 
Acontece que dirigente é espécime teimoso, entendido, só ele enxerga, só ele conhece. E chegou o português Daniel Piza, quem sabe o sumo de Jorge Jesus, para atrasar a vida americana. Só o goleiro Tanaka valeu menos dez anos. Samuel, esquentado, mesmo assim é melhor. 
Vestiário 
Dentro dessa nova onda de bobagens que assolam o futebol, surgiu a do diretor de vestiário. O cara que entra, junta o time e começa a contar histórias de superação e autoestima. Como se jogador de futebol fosse alguém sensível à vida alheia. Natal se supera. 
Lei Pelé 
A Câmara dos Deputados instalou quarta-feira a comissão especial que vai analisar o projeto que altera a Lei Pelé para garantir novos direitos aos atletas em formação (Projeto de Lei 1153/19).
Programas 
A proposta assegura a participação em programas de treinamento nas categorias de base do clube e  a segurança nos locais de treinamento. 
Estrutura 
Além disso, obriga o clube a proporcionar alojamento, instalações físicas certificadas, assistência contínua de monitor, convivência familiar, atividades culturais e de lazer. 
Senador 
O projeto foi apresentado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) após o incêndio que, em fevereiro de 2019, causou a morte de dez atletas abrigados no Flamengo.
Absolvido  
Em decisão publicada em maio  pela Justiça do Rio, o monitor do Flamengo, Marcus Vinícius Medeiros, foi absolvido pelo incêndio no Ninho do Urubu, quematou 10 garotos da base.
Reparo 
Marcus Vinícius respondia por incêndio culposo qualificado e lesão corporal. Esse tipo de notícia, sei por experiência própria, deveria ser obrigatória. Na hora de acusar e culpar por antecipação, os corvos inundam mídias. 
Rejeição 
Dois acusados – o atual gerente de transição da base e então diretor de futebol, Carlos Noval, e o engenheiro Luiz Pondé – tiveram as denúncias rejeitadas. A Justiça também confirmou a denúncia contra outros oito acusados. Entre eles, o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
Pedri  
O mundo ainda aplaudirá, de pé, o futebol de Pedri, da Nova Espanha. É um jogador fabuloso, que toca a bola com estilismo debochado. É um deleite festejar um time que sempre quer mais o melhor: gol.
Jogão  
Há 48 anos, o ABC conquistava o segundo turno do Campeonato Estadual de 1973, vencendo o América por 2×1. Alberi fez 1×0, porrada de fora da área, de longe, torcida do América chamando de míope o goleiro Ubirajara. Os rubros empataram com João Daniel e, aos 45 minutos do segundo tempo, Maranhão e Danilo Menezes tabelaram até Maranhão fazer 2×1. Público:27 mil pagantes no Castelão. 
Times E
ram timaços, covardia comparar com os de hoje. ABC: Erivan; Sabará, Edson, Telino e Anchieta; Maranhão, Danilo Menezes e Alberi; Libânio, Jorge Demolidor e Morais. Técnico: Danilo Alvim. América: Ubirajara; Odimar, Paúra, Mário Braga e Cosme; Nunes, Osvaldão e João Daniel; Almir, Santa Cruz e Hélcio Jacaré. Técnico: Velha. 
Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

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