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Lula convida Randolfe Rodrigues para campanha e descarta Dilma

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para integrar a equipe de sua campanha para a Presidência. Líder da Oposição no Senado, o parlamentar ainda não deu resposta definitiva ao petista porque pretende disputar o governo do Amapá, cargo para o qual está bem posicionado nas pesquisas, e por se considerar a única alternativa antibolsonarista no Estado. O ex-presidente também descartou a presença da ex-presidente Dilma Rousseff na campanha. Ele disse que ela é uma” extraordinária técnica”, mas não tem “paciência para a política”. 
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff peca ao não ter "jogo de cintura"
Randolfe defende que seu partido apoie a candidatura de Lula, embora outra parte dos quadros da Rede esteja inclinada a subir no palanque de Ciro Gomes (PDT), com a ex-ministra Marina Silva sendo cortejada a assumir a vice na chapa do pedetista. O senador do Amapá argumenta que a legenda deve estar com quem tem mais chances de vencer a eleição no primeiro turno. O ex-presidente petista aparece à frente em todas as pesquisas de intenção de voto.
Se aceitar o convite de Lula, o senador terá de abrir mão da disputa pelo governo e encontrar um substituto. Suas atribuições na equipe do ex-presidente devem incluir ajuda na articulação política do petista. Randolfe tem sido o principal interlocutor entre o pré-candidato do PT e Marina, que rompeu com o partido após ser alvo de uma agressiva campanha eleitoral nas eleições de 2014, quando disputou a Presidência contra Dilma Rousseff.
No Senado desde 2011, Randolfe ganhou projeção após propor a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid em 2021 e participar como vice-presidente do colegiado, durante a qual se consolidou como uma figura aguerrida da oposição contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). No começo de janeiro, o senador protocolou requerimento para abertura de uma nova comissão para tratar da pandemia.
Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) peca ao não ter o ‘jogo de cintura’ necessário para lidar com a política. Para Lula, falta a ela, que foi escolhida pessoalmente pelo petista para disputar sua sucessão em 2010, “paciência que a política exige”. A declaração foi dada durante entrevista à Rádio CBN Vale, de São José dos Campos, interior de São Paulo, após questionamento sobre o papel da petista em sua campanha.
“O tempo passou. Tem muita gente nova no pedaço. Eu pretendo montar um governo com muita gente nova, importante e com muita experiência. A Dilma, tecnicamente, é uma pessoa inatacável, que tem uma competência extraordinária. Na minha opinião, a companheira Dilma erra na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar e atender as pessoas mesmo quando você não gosta que a pessoa está falando. Nisso, cometemos um equívoco pela pressão em cima dela”, disse sinalizando que não deve trazê-la para algum cargo no governo caso seja eleito em outubro.
Antes de qualquer discussão sobre participar ou não de um eventual novo governo petista, o papel de Dilma na campanha do Lula tem sido questionado sobretudo depois da ausência da ex-presidente no jantar promovido pelo Prerrogativas, coletivo de advogados autodenominados “progressistas” e “antilavajatistas”, em dezembro de 2021. Foi o primeiro encontro público entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB e cogita filiar-se ao PSB, entre outros partidos, para disputar a vice-presidência na chapa com o petista.
Na época, o ocorrido gerou especulações de que o PT estaria tentando “esconder” a ex-presidente para evitar desgastes à campanha presidencial este ano. Ela foi alvo de impeachment em 2016 e a condução da política econômica em seu governo também é contestada.
Para minimizar os burburinhos, em entrevista ao jornal O Globo, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou publicamente que houve um “ruído de comunicação” que fez com que o convite não chegasse a Dilma e assumiu a responsabilidade pelo equívoco. Já o ex-presidente fez questão de publicar uma foto de seu primeiro encontro com Dilma este ano.
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