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Lula critica propostas de Marina

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Rio (AE) – Em um tumultuado ato político em defesa da candidatura de Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou ontem em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio. Durante os 23 minutos, Lula concentrou suas críticas na candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. “Se fosse a candidata de oposição à Dilma, proibiria seus economistas de falar, porque cada um que fala, fala mais bobagens do que o outro”, disse Lula, em referência às afirmações de Marina, que discordou publicamente das declarações de um de seus colaboradores mais próximos, o economista Alexandre Rands.
Lula em defesa do pré-sal: discurso de 23 minutos com críticas dirigidas à candidata do PSB, mas sem citar nome da ex-aliada
Apesar de focar as críticas em Marina, Lula em nenhum momento citou o nome da concorrente de Dilma. “Ela (Marina) vem mostrando o que pode acontecer num programa de governo feito a quinhentas mãos, menos a dela”, afirmou o petista. “Se tem um cargo que você não pode terceirizar, é o de presidente da República: assume ou não. Esse negócio de pedir para cada um falar um pedacinho das coisas que vão acontecer não dá certo. Afinal, este País é grande, mas não é uma colcha de retalhos que pode ser subdividida em centenas de interesses”.

#SAIBAMAIS#Vestindo um macacão laranja da Petrobras do alto do palco montado em frente à sede da estatal, Lula afirmou que, se ficar comprovado crime de corrupção na petrolífera, os responsáveis devem ser presos. Segundo o ex-presidente, os trabalhadores da Petrobras não podem ser confundidos com alguém que “porventura possa ter cometido um erro qualquer”. “Se alguém praticou o erro, se alguém roubou, esse alguém tem mais é de ser investigado, julgado e, se for culpado, tem de ir para a cadeia”, afirmou.

Embora em menor proporção em relação à Marina, Lula também criticou o PSDB, mas sem se referir diretamente a Aécio, e sim aos oito anos de Fernando Henrique Cardoso (que também não foi citado nominalmente) como presidente.

O ato foi convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) “em defesa do pré-sal, da Petrobras e do Brasil”. Apesar de Lula afirmar que o evento “não era partidário”, bandeiras e discursos, dele e dos demais, diziam o contrário: todos em clara defesa da candidatura de Dilma. “Isso aqui é um ato da campanha da Dilma”, afirmou o candidato do PT ao governo do Rio, Lindbergh Farias (PT). A equipe de audiovisual que filmou o ato era a mesma que, na sexta-feira, 12, documentou o desfile em carro aberto de Dilma e Lindbergh em São Gonçalo, na Baixada Fluminense.

Segundo os organizadores, 6 mil pessoas participaram do ato. A única estimativa da PM, feita ainda no aquecimento (mais de uma hora antes da chegada de Lula), calculou 600 pessoas. Militantes com camisas do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) do Espírito Santo confirmaram à reportagem terem recebido transporte e alimentação para comparecer ao ato no Rio.

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