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Lula defende gestão petista

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São Paulo (AE) – Em palestra para empresários da Câmara de Comércio França-Brasil e das Eurocâmaras, na capital paulista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enalteceu o doze anos de gestão petista no País e disse que, apesar de ter “muita gente de má fé com o Brasil” e das críticas dos opositores e da imprensa, o País está aberto aos investidores e conta com um cenário de estabilidade, credibilidade e previsibilidade. O ex-presidente criticou políticos da oposição, sobretudo o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, que vem advertindo sobre o aumento da inflação. “Manter inflação na meta com manutenção de salário e emprego não é usual, vamos levar a inflação para dentro da meta mantendo o nível de emprego”, frisou Lula.
Lula: trilhões de reais em crédito e ambiente bom para negócios
Ele também respondeu à afirmação de um dos principais colaboradores econômicos de Aécio Neves, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo citou o aumento real do salário mínimo como um dos fatores de pressão inflacionária. “Tem gente dizendo que é melhor ter desemprego para trazer a inflação para o centro da meta.” E voltou a dizer que a inflação voltará ao centro da meta sem comprometer renda e emprego.

Ao falar da gestão petista no País, incluindo a gestão da sucessora e afilhada política Dilma Rousseff, para uma plateia composta de empresários e representantes do sistema financeiro, Lula reclamou da imprensa brasileira, dizendo que nos jornais a impressão é que o “Brasil acabou” e destacou indicadores da economia brasileira, dizendo que poucos países do mundo têm números tão positivos. Para ele, o governo do PT conseguiu imprimir credibilidade e previsibilidade à economia.

Rebateu ainda as críticas ao programa Bolsa Família, negando que o programa criou um bando de vagabundos no País. “Este é um programa adotado pela ONU como o mais importante de transferência de renda do mundo.” O ex-presidente afirmou ainda que nunca houve tanto crédito no País quanto na gestão do PT. “Colocamos em doze anos uma Colômbia e um Paraguai no sistema financeiro”, exemplificou. “Hoje temos trilhões para o crédito”

Lula criticou a imprensa em relação aos prognósticos negativos para a Copa do Mundo. Dirigindo-se aos empresários estrangeiros, disse que, caso eles “se informassem pela imprensa brasileira, a impressão é que não iria ter Copa do Mundo no Brasil”.

De acordo com Lula, “os mesmo jornais nacionais e estrangeiros que diziam que não iria ter Copa agora estão se rendendo”. E citou o vídeo, apresentado no início da palestra a seu pedido, que mostra uma catadora de lixo de Belo Horizonte falando da alegria de ter a Copa do Mundo no Brasil. O ex-presidente citou o falecido carnavalesco Joãozinho Trinta, que falava: “quem gosta de miséria é intelectual, o povo gosta de luxo.”

Com uma gravata listrada nas cores do Brasil, Lula começou a palestra brincando que não era momento de falar de outros temas que não o futebol.

O evento conta com a presença de empresários de vários países europeus e foi aberto por Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco e vice-presidente da Câmara de Comércio França-Brasil. Na abertura, Barros disse que a qualidade de vida dos brasileiros melhorou muito na gestão do ex-presidente petista, o que aumentou o grau das reivindicações sociais no País.

Aeroportos
Ao falar dos méritos da gestão petista, Lula elogiou a presidente Dilma Rousseff, sua sucessora e afilhada política, dizendo que ela deu um grande passo na gestão do País com a política de concessões, sobretudo na área de aeroportos. “Todos sabem que tudo tem de ser combinado com investimento em infraestrutura. Cumbica foi feito apenas em 19 meses, pelo sistema correto de concessão que Dilma fez”, destacou, ressaltando que a área de infraestrutura foi repensada na gestão do PT. “Outros presidentes até queriam (repensar a infraestrutura), mas o FMI não deixava”, disse, numa alusão aos seus antecessores no Palácio do Planalto,

Ao falar dos aeroportos brasileiros, Lula disse que hoje o pobre pode viajar de avião, mesmo que alguns não gostem disso.

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