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Lula entra com recurso no STF para viabilizar candidatura ao Planalto

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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e
condenado no âmbito da Operação Lava Jato, entrou com um recurso no
Supremo Tribunal Federal (STF) para viabilizar a candidatura do petista
ao Palácio do Planalto. No dia 1º de setembro, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) negou o registro do ex-presidente, sob a alegação de que
ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, portanto, inelegível.

Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que mantém a candidatura a presidente, apesar da prisão

Os advogados de Lula querem que o ministro Edson Fachin, relator da
Operação Lava Jato no STF, reconsidere decisão da última quinta-feira,
6, quando o ministro negou o pedido para afastar qualquer impedimento à
candidatura do petista à Presidência da República. Caso Fachin não
reforme a decisão anterior, a defesa de Lula pede que o recurso seja
apreciado pela Segunda Turma do STF.

Com base no comunicado do comitê da ONU, a defesa de Lula pretendia
afastar os efeitos da condenação do ex-presidente no caso do triplex do
Guarujá (SP), no qual o petista foi condenado a 12 anos e um mês de
prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Por conta dessa
condenação, Lula foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

De acordo com os advogados Cristiano Zanin e Valeska Zanin, “não cabe
aos órgãos judiciários brasileiros sindicar as decisões proferidas pelo
Comitê de Direitos Humanos da ONU, mas, sim, dar cumprimento às
obrigações internacionais assumidas pelo Brasil”.

Fachin, no entanto, entendeu que o pronunciamento do Comitê de Direitos
Humanos da ONU não alcançou o efeito de suspender a decisão do TRF-4 que
condenou Lula. Para o ministro, a posição do comitê a favor da
candidatura de Lula não afetaria a seara criminal, restringindo-se à
seara eleitoral.

No TSE, tribunal onde também atua, Fachin votou a favor do registro do
Lula, por avaliar que o pronunciamento do comitê afastava a
inelegibilidade de Lula, ou seja, impactaria a situação eleitoral do
ex-presidente.

O comunicado do comitê, emitido no dia 17 de agosto, solicitou que o
Brasil “tome todas as medidas necessárias para que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva possa desfrutar e exercer seus direitos políticos,
enquanto esteja na prisão, como candidato para as eleições
presidenciais”.

Estadão Conteúdo

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