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Lula na ONU

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O ex-presidente Lula volta às manchetes e retoma o centro das atenções das colunas políticas e não da imprensa brasileira, aqui e acolá, com citações de seu nome na mídia lá de fora. Dois fatos empurraram o presidente para a principal vitrine do empório político verde amarelo, quase olímpico. Mais uma vez o seu nome aparece envolvido naquela história espantosa do Sítio de Atibaia, um lugar muito pitoresco de São Paulo, que ele descobriu para passar longos finais de semanas ainda quando ocupava os aposentos do Palácio da Alvorada e despachava no Palácio do Planalto. Ouve-se na televisão conversas gravadas pela Policia Federal que entre outras coisas revela o bom gosto de Lula pela cachacinha, brindando os copos com os empreiteiros da Odebrecht. A aguardente servida era a da marca Havana, dos alambiques mineiros de Salina, a mais cara do Brasil.  Uma garrafa de Havana está cotada hoje na casa dos 500 reais.

Outro fato provocado por Lula que ganhou as manchete, é sua batida na porta da ONU para denunciar o juiz Sérgio Moro de abuso de poder. Lula não acredita na justiça brasileira. Recorre agora à Comissão dos Direitos Humanos da ONU, se baseando na Convenção Internacional de Direitos Políticos.  Para Lula há “clara falta de imparcialidade” nas ações presididas pelo magistrado federal no rastro da Operação Lava Jato.  É um processo que pode durar, nos escaninhos da ONU, até dois anos. Ponha espera nisso. Muita Havana.

Manhã de ontem, vagabundando pela internet, li o comentário de Merval Pereira, analista político do jornal O Globo. Título do seu artigo: “Lula busca refúgio”.  Começa assim:

– Não bastasse a exposição internacional de nossas mazelas proporcionadas pela realização das Olimpíadas, vem agora o ex-presidente Lula pedir ajuda ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, como se fôssemos um país sem instituições jurídicas independentes, como quaisquer dessas repúblicas de banana em que ele deu pretensas palestras, e onde liderou o lobby em favor de empreiteiras nacionais.

– Por feliz coincidência, no mesmo dia em que Lula tenta colocar o país numa situação vexaminosa, mas só conseguiu dar um tiro no próprio pé, uma perícia da Polícia Federal expõe fatos que indicam que o ex-presidente e sua família são os reais proprietários do sítio em Atibia em que as empreiteiras OAS e Odebrecht fizeram obras orçadas em R$ 1,2 milhão.

Lá adiante, passando pela cachacinha (sem contar as cervejas, também) que Lula bebeu com o engenheiro Paulo Gordilho, responsável pelas obras do Sítio de Atibaia, Merval Pereira arremata:

– Se o Conselho de Direitos Humanos da ONU revolvesse investigar o fundo da questão, teria muito trabalho pela frente. É de se prever que as associações de juízes e procuradores saiam em defesa do Ministério Público e de Moro, pois estão sendo expostas ao julgamento internacional. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode ser considerado o Chefe do Poder Judiciário, tem obrigação de reagir a essa tentativa de desmoralização, mas o atual presidente, Ricardo Lewandowski, não dá sinal de reação.

Chuvisco
Noite de quinta-feira de chuviscos por estes tabuleiros praianos, litoral sul do Rio Grande do Norte. Uns dez dias que elas não apareciam por aqui. Mas não ficaram para a madrugada. Pelo azul infinito do céu    que se viu na manhã e na tarde de ontem na “cidade do sol”, acho que foram as últimas chuvinhas do ano. Deus tomara –  e São Pedro também –  que eu esteja errado.
No caderno da Emparn foram anotadas: Baia Formosa, 7,3 milímetros, Natal, 7, Parnamirim, 5,2, Georgino Avelino e Canguaretama, 4, Monte Alegre, 3, Campo Redondo, 2. Estas duas últimas no Agreste.

Livro 
Neste sábado, das 9 às 12 horas, o Sebo Vermelho promove o lançamento do livro Rosalina, meu amor, de Antonio Stélio, jornalista e escritor acreano radicado em Natal. É um romance. A orelha é do poeta e editor Adriano de Souza que, às folhas tantas, diz:

“A partir do fato objetivo, Antonio Stélio constrói uma tragédia amorosa com tempero de novela policial, demonstrando que, na boa literatura, a vida e a arte embaralham-se de tal modo que é virtualmente impossível dizer quem imita quem”.

Na Academia  Terça-feira que vem, 2 de agosto, às 17 horas, a Academia Norte-Riograndense de Letras homenageia a memória do escritor, jornalista e professor Manoel Rodrigues de Melo, fundador da cadeira 30, hoje ocupada pela poeta Diva Cunha. Manoel Rodrigues faleceu há 20 anos e foi presidente da Academia.
Sua vida e sua obra será contada pelo professor Geraldo Queiroz.

Mais livros  Anote em sua agenda: dia 11 de agosto, na Pinacoteca do Estado (Palácio da Cultura) teremos o lançamento dos livros Natureza, uma dádiva de Deus, do fotógrafo Nadelson Freire, e Superação – Retratos de Família, memórias Nilzete Freire, pintora.
A noitada se completa com a exposição fotográfica de Nadelson, “Paisagens – do sertão ao litoral”, e uma outra de Nilzete, “Abstratos & Figurativos”.

Brasil prejudicado  Manchete de O Globo: “Demora para definição do impeachment de Dilma Rousseff prejudica o país, afirma Temer”.

O presidente interino falou assim numa entrevista que concedeu ontem para jornalistas estrangeiros.

Convenção  Estamos nos últimos dias do prazo legal para as convenções municipais. Esta sofrência se esticará até o dia 5 de agosto, consagrado a São Cassiano, que foi um alfabetizador italiano, cristão. Ufa!

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