quinta-feira, 28 de março, 2024
31.1 C
Natal
quinta-feira, 28 de março, 2024

Lula pede respaldo dos aliados

- Publicidade -

Brasília (AE) – Em reunião realizada com senadores do PMDB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a situação do País exige “desprendimento” político e pediu apoio à presidente Dilma Rousseff. Um dia após conversar com parlamentares do PT, Lula fez um movimento para reaproximar o PMDB do governo e disse ser preciso impedir que as investigações da Polícia Federal “contaminem” a política e a economia.
Ex-presidente Lula conversa com senadores da base aliada
“A Lava Jato não pode ser a agenda do País”, insistiu o ex-presidente, durante café da manhã na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em um gesto que causou surpresa, Lula pediu a Renan que “releve” os problemas com Dilma, “fique mais perto” e ajude o governo a sair da crise.

Desde que teve o nome incluído nas investigações da Lava Jato, Renan tem criado dificuldades e imposto seguidas derrotas ao Palácio do Planalto, fazendo dobradinha com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), outro alvo da Polícia Federal. Depois de criticar publicamente a administração de Dilma, definida por ele como “governo de mudos”, Lula mudou o tom e, nas várias conversas mantidas em Brasília, desde segunda-feira, 29, tentou jogar água na fervura.

“Ele viu que, chutando o pau da barraca, a barraca cairia na cabeça dele”, resumiu um senador do PMDB, sob a condição de anonimato. “Nós dissemos para Lula que vamos ajudar, mas o governo precisa funcionar. Ninguém vai para o suicídio coletivo “

Diálogo
Pouco antes de tomar café da manhã com os senadores do PMDB, Lula se reuniu com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, num hotel de Brasília. O encontro foi mantido sob sigilo. A assessoria do Instituto Lula negou a reunião, confirmada pela reportagem.

O ex-presidente está preocupado com os desdobramentos da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC. De uma só vez, Pessoa atingiu, com seu depoimento, as campanhas de Dilma, Lula e Mercadante. Não foi só: o empreiteiro disse que Edinho Silva, então tesoureiro do comitê da reeleição e hoje ministro da Comunicação Social, teria ameaçado a UTC com o fim dos contratos na Petrobras, caso não recebesse doações para a campanha de Dilma. Todos negam as acusações.

Em conversas reservadas, Lula já defendeu, mais de uma vez, a substituição de Mercadante por Jaques Wagner, atual titular da Defesa, e também do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que, na sua avaliação, não controla a Polícia Federal. Ontem, em viagem a Washington, Dilma foi questionada sobre o assunto e disse que não demite nem nomeia ministro pela imprensa Na segunda-feira, em reunião com deputados e senadores do PT, Lula afirmou que os petistas não podem ser ingênuos nem lavar as mãos diante do governo Dilma.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas