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Lula promete combater corrupção

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CANDIDATO - Lula elogia CGU, que fechou cerco aos sanguessugas

Brasília (AE) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu ontem que a equipe de campanha ainda não concluiu um plano de governo para um eventual segundo mandato. Em entrevista à rádio CBN como candidato, ele se esquivou de responder como resolveria problemas como déficit da Previdência, lentidão no aumento da oferta de emprego e dívida pública.

Em vez de fazer promessas, o presidente preferiu ressaltar operações de combate aos “pássaros” da corrupção e a manutenção de programas sociais existentes e da política econômica, com as metas de superávit e ajuste fiscal. “O dado concreto é que os partidos da minha base política estão trabalhando o plano de governo”, disse. “Quem está na oposição tem todo o direito e o dever de escrever as projeções do que vai fazer. Já quem é presidente precisa dizer ao povo brasileiro o que fez, o que está fazendo e o que vai acontecer no próximo período.”

Na entrevista de mais de 30 minutos, ele usou a tática de dar pouca chance ao apresentador Heródoto Barbeiro questionar e rebater respostas, alongando as explicações com números e relatos de histórias. Na única pergunta sobre corrupção, o presidente afirmou que a Operação Sanguessuga – que apura o envolvimento de 90 parlamentares em fraudes na compra de ambulâncias – foi deflagrada a partir de investigação “silenciosa” da Controladoria-Geral da União (CGU). “É importante a sociedade saber que essas coisas estão vindo a público porque o governo federal resolveu fiscalizar, e vamos fiscalizar muito mais”, disse. “Isso não começou no Congresso, foi o governo por meio da CGU que fez a primeira denúncia.”

Lula ressaltou que a controladoria teve preocupação de manter sigilo para não espantar os “pássaros”. “Era preciso que ela (operação) fosse sigilosa, pois quando tem manchete de jornal os pássaros fazem uma revoada”, disse. “Temos de fazer como a polícia moderna faz, sigilosamente, para pegar a ninhada inteira”, completou. “Ela está sendo pega.” Também destacou um aumento de 34% no efetivo da Polícia Federal.

O presidente citou como eixos da campanha dele as bases macroeconômicas, a educação e uma “forte” política de inclusão social. Repetiu que o momento é o mais positivo na história econômica do Brasil. Na avaliação do presidente, o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer a taxa de 6%. Esse índice, na estimativa do Ministério da Fazenda, seria alcançado só em 2010. Espirro –

Lula disse que o governo em 44 meses fez uma “revolução” macroeconômica. Ele disse que a dívida pública está “tranqüila” e deixou claro que manterá os acordos firmados. “Queremos trabalhar para que a gente diminua essa dívida”, afirmou. “Vamos manter o superávit fiscal para que a gente possa apontar para os credores brasileiros e para pessoas que têm dinheiro aplicado de que vamos arcar com as nossas responsabilidades”, completou. “Vamos combinar essa seriedade na política de controle, na política de responsabilidade fiscal com uma forte política social, provamos isso.”

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