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Lula veta reajuste de 16% para aposentados

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ATO - Lula diz que governo não tem recursos para dar reajusteBrasília – O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato  da Coligação PT-PRB-PC do B à reeleição, ao reajuste de 16,67% a aposentados  e pensionistas repercutiu negativamente na oposição no Congresso. Os oposicionistas  consideraram o veto uma injustiça e afirmaram que insistirão no aumento. A crítica  mais irônica foi feita pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que subiu  à tribuna e comparou Lula à vilã da novela “Belíssima”, da Rede Globo de Televisão,  Bia Falcão, que era interpretada pela atriz Fernanda Montenegro. Mas a  oposição no início da noite de ontem   recuou e permitirá que a votação da  medida provisória (MP) que reajusta em 5% os benefícios da Previdência Social  seja feita de forma a não identificar o voto dos deputados. A chamada votação  simbólica favorece a provação da MP como quer o governo. A posição do PSDB foi  anunciada no dia em que saiu publicado no “Diário Oficial” da União o veto do  presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao reajuste de 16,67% das aposentadorias  acima de um salário mínimo, incluído pelos deputados e senadores na medida provisória  que aumentou o mínimo de R$ 300 para R$ 350.  O PFL não participou da reunião  de líderes com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), na qual foi  discutido o acordo para votação das MPs. 

A oposição queria que o presidente assumisse, nesse ano eleitoral, o desgaste  político de vetar um benefício para os aposentados. O veto de ontem facilita  a desobstrução da pauta da Câmara, emperrada, principalmente, por causa da votação  da MP dos aposentados. A oposição insistia na votação nominal, quando há o registro  dos votos no painel eletrônico, de uma emenda que propõe o índice de 16,67%  no reajuste das aposentadorias. Nesse tipo de votação, o governo perderia, assim  como aconteceu na medida provisória do salário mínimo quando petistas e outros  governistas votaram com a oposição.

Os deputados temem perder votos dos aposentados nas eleições, caso votem no  índice menor de reajuste. A votação simbólica não identifica os votos, mas apenas  a posição dos partidos. Com medo da derrota, os governistas vinham desde o dia  7 de junho obstruindo a votação da MP dos aposentados. “O governo e o PT estão  com dificuldade em votar porque temem não ter votos suficientes para aprovar  a MP”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (PSDB-BA). “Concordamos  que a votação se dê de forma simbólica. Como somos minoria, nós vamos perder,  mas queremos que cada partido coloque sua posição de forma clara”, completou  o líder tucano. Com esse procedimento, os partidos assumem o ônus político de defender um reajuste  impopular, livrando o presidente Lula de eventual necessidade de novo veto.  O presidente da Câmara marcou nova reunião dos líderes para hoje de manhã  para tratar das votações. O líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), não estava em Brasília  no horário da reunião

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