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Mais de 130 mil sírios estão na Jordânia e no Líbano

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AMÃ, Jordânia (AE) – Um grupo que defende direitos dos refugiados e é baseado em Washington (EUA) pediu ontem que todos os países do mundo enviem ajuda aos refugiados sírios, já que a ida dessas pessoas para a Jordânia e o Líbano exaure os parcos recursos desses países e ameaçam sua estabilidade política. Desde o início do levante sírio, em março de 2011, a Jordânia já recebeu mais de 110 mil refugiados e o Líbano 26 mil.
Província de Idlib, na Síria: morte e destruição durante confrontos que têm feito a população deixar o país
A Refugees International (RI), Organização não-governamental que apresentou os números, alertou em comunicado que a crise de refugiados sírios “pode ameaçar a estabilidade política tanto do Líbano quanto da Jordânia, por isso a comunidade internacional precisa aumentar a ajuda humanitária para os dois países.

A Refugees International afirma que seus dados refletem números oficiais dos governos da Jordânia e do Líbano, embora não do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

A Refugees disse que com suas economias enfraquecidas e problemas políticos, tanto o Líbano quanto a Jordânia não têm condições de aceitar de maneira digna “milhares de refugiados pobres e vulneráveis da Síria”. O Líbano e a Jordânia já abrigaram, nos últimos dez anos, dezenas de milhares de refugiados iraquianos.

Na Jordânia, particularmente, os funcionários públicos reclamam que os refugiados sírios estão exaurindo os serviços sociais e de saúde do governo e também os esparsos poços d’água do deserto. Eles temem que a chegada do verão e da estação seca, a partir do final de junho, leve à falta d´água.

O presidente da RI, Michel Gabaudan, afirma que os serviços sociais dos dois países já estão “no limite”. “A não ser que os países ocidentais ajudem a suprir essas carências, essa generosidade poderá evaporar rapidamente sob pressões políticas e econômicas internas”.

As informações são da Associated Press.

Insurgentes anunciam fim da trégua

ISTAMBUL, Turquia (AE) – Ativistas sírios anunciaram ontem a criação de uma nova coalizão de grupos opositores para superar as profundas diferenças internas na luta contra as tropas do presidente Bashar Assad. O grupo foi chamado de Frente dos Rebeldes da Síria. Khaled al-Okla, um dos organizadores, disse que a frente irá coordenar suas ações com o Exército Livre da Síria, uma coalizão de forças cujos líderes nominais estão estabelecidos do lado turco da fronteira. Insurgentes sírios também disseram que não estão mais comprometidos com o cessar-fogo negociado pelo ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, que deveria estar em vigor desde 12 de abril.

Enquanto isso, prosseguiam os confrontos na Síria. Combates entre forças do regime sírio e rebeldes na província de Idlib ocorridos durante a madrugada da segunda-feira deixaram dois opositores mortos, além de outras duas pessoas que morreram na região de Damasco, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres.

No domingo, 46 pessoas forram mortas, dentre elas 19 civis, 19 soldados e 8 rebeldes. Segundo o Observatório, 2.400 das mais de 13.500 vítimas da repressão ao governo de Bashar Assad morreram desde o cessar-fogo, iniciado em 12 de abril.

O levante, que já dura 15 meses, se espalhou pelo Líbano, onde confrontos entre homens pró e contra o regime sírio na cidade de Trípoli deixaram 14 mortos no final de semana, informou um oficial de segurança libanês.

A Rússia e a União Europeia devem trabalhar juntas para encerrar a crise na Síria, afirmou o presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, ontem em São Petersburgo.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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