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Mais um hit literário de Nick Hornby vai parar na telona

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Por Elaine Guerini – da Agência Estado

Autor de hits literários como “Febre de Bola” (1992), “Alta Fidelidade” (1995) e “Um Grande Garoto” (1998), Nick Hornby não sabe explicar por que todos os seus livros ganham versões cinematográficas. Sem exceção, já que suas últimas obras, “Como Ser Legal”, publicada em 2002, “Uma Longa Queda” (2005) e “Slam” (2008), também estão sendo adaptadas para as telas. “Talvez haja uma justificativa banal. Após vender dois ou três livros para Hollywood, os próximos já passam a interessar automaticamente”, afirmou o britânico, que pela primeira vez ajuda uma obra alheia a fazer essa transposição: “An Education”.

O filme foi roteirizado por Hornby, a partir das memórias da jornalista Lynn Barber, publicadas num artigo de 12 páginas em 2003, na revista inglesa Granta. “Assim que li o conto, percebi a chance de explorar humor e tristeza ao mesmo tempo nas telas, o que mais me agrada quando vou ao cinema”. Foi a pedido dele que as produtoras Amanda Posey (mulher de Hornby) e Finola Dwyer adquiririam os direitos do artigo e chamaram a dinamarquesa Lone Scherfig (de Italiano para Principiantes, de 2000) para se encarregar da direção. “A forte relação da protagonista com o pai ainda tem potencial para uma tragédia doméstica, o que me seduziu”, disse o escritor, durante a 34ª edição do Festival de Toronto, onde o drama integrou a mostra Special Presentations.

Também selecionado para a 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (de 23 de outubro a 5 de novembro), “An Education” segue os passos de adolescente ambiciosa (Carey Mulligan) que vive um dilema na Inglaterra de 1961. Enquanto dirige sua vida para conquistar uma vaga da universidade de Oxford, uma carona com um homem mais velho (Peter Sarsgaard), num carro esportivo, abre as portas para um mundo glamouroso que ela não conhecia, ameaçando o seu futuro promissor. Isso para desespero do seu pai (Alfred Molina), um sujeito conservador. “Todos nós já passamos por essa tentação, a de viver a vida intensamente enquanto ainda somos jovens. Mas essa é justamente a hora de enfiar a cara nos livros, pensando em construir uma carreira. É a vida versus a educação”.

Assinar a adaptação fez Hornby se lembrar do seu despertar como escritor, que ele diz ter ocorrido “curiosamente fora da vida acadêmica”. “Precisei cursar a universidade de literatura inglesa em Cambridge para descobrir que todas as coisas que mais me estimulam intelectualmente, como filmes, música e um certo tipo de literatura, não tinham nada a ver com uma educação tradicional”, contou Hornby, com obra traduzida para 34 idiomas.

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