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Mais uma ponte

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Woden Madruga
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Quinta feira que passou falei aqui sobre a “terceira ponte sobre o rio Potengi”, um dos carros chefes do marquetingue do governo Robinson Faria e um dos motes destacados da mensagem que o governador leu na Assembleia Legislativa, a terceira de seu mandato. A sessão foi no dia 6. A mensagem tem muita “invenção” tentando mostrar um retrato do Rio Grande do Norte que só existe no atelier oficial. Aliás, o discurso de Robinson foi também comentado neste mesmo canto com o título de “A ficção de Robinson”. Pois bem, em seus vários pronunciamentos, sempre que fala nas obras do seu governo, o governador cita a “terceira ponte sobre o Potengi”, certamente, no seu entendimento, um fato histórico.

No Jornal de WM, com o título “A ponte que não é”, escrevi que o governador havia errado nas contas. A ponte que ele anuncia sempre em suas falas, seguindo o roteiro de seus marqueteiros, não é a terceira sobre o rio Potengi. É a sexta.  Enumerei, então, as outras três que atravessam o velho e lendário (seria mais uma lenda?) rio em outros trechos de seu percurso (municípios de São Pedro/Ielmo Marinho, São Paulo do Potengi e Barcelona, há décadas. Uma em rodovia federal e duas em estradas estaduais. Somam-se às pontes de Igapó e Newton Navarro.

Acontece que eu pulei uma outra ponte que não sabia de sua existência. Ela existe na RN-106, na entrada de São Gonçalo, de quem vem de Macaíba, vizinhos. Quem me chamou a atenção foi o leitor Carlos Raimundo num imeio que me mandou na sexta-feira, 16, mesmo dia que saiu a coluna com o título “A ponte que não é”:

“Woden, bom dia! Você esqueceu da ponte existente sobre o Potengi em São Gonçalo do Amarante, na RN-160”.

Pois é… Na verdade, eu não esqueci. Confesso que não sabia da existência de tal ponte, pois ás vezes que eu ia a São Gonçalo (faz tempo) fazia pelo trecho da RN-160, saindo da BR-406 (Natal/Ceará Mirim), depois de passar por Igapó, Rego Moleiro, Santo Antônio do Potengi. Saudades de Dona Militana!  Essa sexta ponte   liga mais São Gonçalo do Amarante à Macaíba, os dois municípios cortados pela RN-160, agora no rumo de Santo Antônio do Salto da Onça passando por Vera Cruz, Lagoa de Pedras, Serrinha. A 106 corta o centro da cidade de Macaíba, onde recebe o nome de Rua Elói de Souza. Doutor Valério Mesquita conhece bem esses caminhos e veredas.

Então, na verdade, o Rio Grande do Norte tem sete pontes sobre o Rio Potengi. A “nova”, anunciada oficialmente pelo governador como obra do seu governo, não é a “terceira” e, sim a sétima, que lembra o sete, um número, às vezes mágico (“quem anda pintando o sete”?), e ao qual a     tradição popular atribui outros significados. Viva o folclore!

Das chuvas
Um final de semana como há muitos anos não se via com tanta chuva pelo Rio Grande do Norte. Chuvas em todas as regiões, das serras do Alto Oeste às praias do Leste. Na acumulada da Emparn (do amanhecer do dia 16 até ontem, 19) tem município beirando os 300 milímetros, como é o caso de Pureza: 280 mm. Em Ceará Mirim, na mesma região Leste, 208, seguida de Parnamirim, 194.

Na região Oeste as maiores chuvas foram em Major Sales, 113 milímetros, São Miguel, 79,5, Porto do Mangue e Tenente Ananias, 72, Paraná, 70, José da Penha, 65, Riacho de Santana, 63, Tibau, 57, Severiano Melo, 48, Apodi, 44, Luís Gomes, 42, Mossoró, 38. Choveu em todos os municípios do Oeste.

Seridó e Agreste
As melhores chuvas no Seridó: São José do Seridó,30, Parelhas, Ouro Branco e Lagoa Nova, 27, Cerro Corá, 26, Acari e Caicó, 24, Carnaúba dos Dantas, 22, Florânia, Equador e Timbaúba dos Batistas, 20, Jardim do Seridó, 18, Cruzeta, 15.

Agreste: Taipu,105 milímetros, Monte Alegre, 95, Bom Jesus, 75, João Câmara, 59, Ielmo Marinho, 54, São Pedro, 47, Parazinho, 45, Rui Barbosa, 43, Jaçanã, 41, Santa Maria, 40, Tangará, Barcelona, 33, Boa Saúde e Monte das Gameleiras, 31, Cel. Ezequiel, 29, Santa Cruz, 28, Sítio Novo, 27. No Sertão Cabugi, choveu em Pedro Avelino 56 milímetros.  Em Macau, mais em cima, 38.

No Litoral
As chuvas da região Leste: Ceará Mirim, 208, Parnamirim, 194, Senador Georgino Avelino, 161, Maxaranguape, 158, São Gonçalo do Amarante, 123, Baia Formosa, 73, Extremoz e Goianinha, 72, Canguaretama, 69, Montanhas, 43. A chuva acumulada de Natal chegou a 89 milímetros.

Nas Queimadas
A chuva de sábado em Queimadas de Baixo foi de 45 milímetros. A acumulada de fevereiro chegou aos 185. Em janeiro, 27mm. Lá se vão 212 milímetros. Em janeiro de 2017 choveu apenas 13 milímetros; fevereiro, 32. Nunca houve por lá um fevereiro tão generoso como está sendo o de agora. Riachinhos descendo com cheinhas, lagoas recebendo água de volta, açudes, idem.

Na Paraíba
Chove muito também n a Paraíba. No município de Catingueira, Alto Sertão, 150 milímetros, Maturéia, 135, Mãe D’Água, 105, Teixeira, 93. A chuva chegou também a Taperoá, de Manelito, 31 milímetros.

Continua chovendo muito no Ceará. A Funceme registra chuvas em 126 municípios, ocorridas, ontem.

O inverno
Começa hoje, na sede da Emparn, em Parnamirim, a Reunião de Analise Climática para o Semiárido do Nordeste. Meteorologistas de toda a região estarão presentes. Eles vão definir como será o quadro chuvoso para o Nordeste de março a maio deste ano. As chuvas caídas em janeiros e as de fevereiro vão mostrar o caminho.

Cultura
Começa hoje (19 horas) o Festival Internacional Casa da Ribeira quer marca os 17 anos de sua fundação. No palco será mostrado o tema “A Feminilização do Mundo”. A programação vai até o dia 11 de março.

Café Filho
Hoje, 20 de fevereiro, é o aniversário de falecimento do presidente João Café Filho, natalense nascido na Ribeira em 03 de fevereiro de 1899. Morreu no Rio de Janeiro em 1970, aos 71 anos de idade. Jornalista e político. Várias vezes deputado federal, vice-presidente e presidente da República.  Café também gostava de futebol. Foi goleiro do Alecrim.

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