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Mais uma vez… Tarantino

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Alex Medeiros

No novo e nono filme de Quentin Tarantino, o diretor mergulha na própria infância para imprimir um recorte da sua cidade Los Angeles no final dos anos 1960, oferecendo ao público um quadro carinhoso pintado com a sua saudade.

É a saudade do cinema em bons tempos de faroestes italianos, de heróis genéricos de James Bond, da cena periférica com os hippies em comunidades próximas, das baladas pop e do curto reinado da modelo e atriz Sharon Tate.
Nem precisa de tantas análises rebuscadas de intelecto cinéfilo, nem de críticas sobre questões técnicas da feitura cinematográfica. Tudo pode ser resumido numa declaração de amor de triplo endereço: a Sharon, à cidade e a 1969.

Como um adulto a brincar na visita emocional ao menino que já foi, Tarantino brinca com o passado de Hollywood e com a cena cultural da época reescrevendo parte da história com um devaneio em modo de licença poética.

E a releitura daquele tempo se situa principalmente em torno da Sharon Tate representada na atriz Margot Robbie, dimensionada na obra além do currículo real, num culto do diretor para o salvamento e perpetuação da bela mulher.

No meio de um caleidoscópio de referências aos anos da sua meninice em Los Angeles, Tarantino inseriu duas figuras fictícias e ao mesmo tempo protagonistas, o ator decadente Rick Dalton e seu dublê bad man Cliff Booth.

Algumas semelhanças dos personagens de Leonardo DiCaprio com os astros do passado presentes no film, como Steve McQueen, Burt Reynolds e Clint Eastwood, podem não ser apenas coincidências na forma de homenageá-los.

DiCaprio e Pitt dominam o filme, comprovando mais uma vez de forma soberba a realidade de dois monstros que até tão pouco tempo eram retratos das novas gerações de uma Hollywood reinventada por figuras como ele, Tarantino.

Aliás, o Tarantino clássico dos banhos de sangue demora a mostrar as garras até o final. Antes, porém, é uma narrativa doce e hilária da Los Angeles de sexo, drogas e rock ‘n’ roll, num cenário multicor e uma saudosista trilha sonora.

Tem razão os familiares de Bruce Lee na irritação pelas cenas da briga com o dublê Cliff Booth. O dragão chinês tomando uma surra humilhante de um ex-soldado não pode ser, de fato, uma maneira apropriada de ser referenciado.

E para eternizar Sharon Tate e nos remeter aos filmes icônicos Pulp Fiction e Kill Bill, a pancadaria se instala, o sangue jorra e a violência característica impera de forma bruta e cínica, perfeita para queixumes de pacifistas e feministas.

Impossível não lembrar Uma Thurman diante daquilo e da loira grávida dentro da camisa com número 17. E é a filha de Uma, no papel de uma flower child de Charlie Mason, que foge para depois testemunhar a história. Ou a versão.

Desconforto
Falta de simancol do Cinemark em fazer a clientela assistir quase meia hora de propaganda e poucos trailers numa sala em que o filme em cartaz tem a duração de duas horas e quarenta minutos. Uma chateação desnecessária.

Eficiência
O governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel determinou a promoção dos atiradores de elite em ação para conter o criminoso que ameaçou incendiar um ônibus na ponte Rio-Niterói com os reféns dentro. O povo aplaudiu a Polícia.

Mimimi
Assim que se descobriu que o criminoso tinha uma arma de brinquedo, as bancadas da GloboNews e BandNews FM passaram a criticar a ação policial. Como se o sequestro, a gasolina e a faca fossem também inofensivos.

Sindicalismo
A posição pelega do sindicato dos professores está provocando movimentos rebeldes na militância petista que não segue Fátima Bezerra. E já se ensaia a possibilidade de Janeyare Souto, líder do Sinsp, formar chapa no Sinte.

Jabutis
Houve um tempo em que adesões políticas ocorriam por interesse partidário ou ideológico, quando as alianças visavam o poder. Agora, salta-se da esquerda pra direita por pura motivação pessoal e alguns penduricalhos familiares.

500 dias
Dia histórico ontem com bastante destaque nas redes sociais. Enquanto militantes do PT, PCdoB e assemelhados criticavam, as tropas opostas festejavam os 500 dias de Lula nmaa cela da Polícia Federal em Curitiba.

Fake news II
São incontáveis as charges criadas por aqui e divulgadas como sendo do jornal francês Charlie Hebdo. A tática dos artistas de encomenda já estampou piadas com Lula, com Dilma e com Temer, e agora prossegue com Bolsonaro.

Dybala no PSG
O ex-lateral brasileiro Leonardo, hoje um dos diretores do Paris Saint-Germain, declarou que no atual momento a grande prioridade do clube francês é tentar trazer o craque argentino Paulo Dybala, o camisa 10 da Juventus da Itália.

Figurinhas

Figurinhas em campo
Já circulando nas bancas de Natal desde o fim da semana passada o álbum de figurinhas do campeonato brasileiro de futebol 2019 com as estampas dos jogadores e escudos de todos os clubes das séries A e B. Além dos cromos, tem também cupons premiados. O livro custa R$ 8,90 (versão capa dura por R$ 29,90) e o pacotinho com cinco figurinhas R$ 2,50.
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