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Mais uma vez

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Marcos Lopes
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O América é eliminado na primeira fase da Copa do Brasil. Ano passado, já com o novo regulamento de jogo único na primeira fase, caiu para o Audax e agora eliminado pelo Tubarão, o que gerou um desfalque financeiro importante para o clube, que viu escoar pelo ralo uma cota de 600 mil reais, importante principalmente para quem está na Série D e sem patrocínio.

Jogou mal
A eliminação do América não deve ser computada ao regulamento da competição que determina jogo único nas duas primeiras fases. A eliminação deve ser colocada na conta de um time que jogou mal, que levou dois gols nascidos de falhas de marcação e que fez um primeiro tempo sem ter agredido o adversário. O resultado em Tubarão privilegiou o time mais competente e que buscou o jogo. O América de Leandro Campos foi incompetente, não soube administrar a vantagem de jogar por dois resultados. Culpar o regulamento? De jeito nenhum!

Futebol é momento
Ninguém pode projetar o futuro quando o assunto é futebol e a análise deve ser feita de forma pontual. O momento do ABC do treinador Ranielle Ribeiro é muito bom, no Estadual e na Copa do Nordeste. Time vem jogando bem e apresentando um futebol taticamente equilibrado. Questiono apenas um setor do time do ABC, que é a zaga. Nos demais, o time vem se comportando muito bem, e Ranielle mostra claramente que tem o grupo “nas mãos”. É assim que vejo e avalio o momento do ABC. Com pequenos e pontuais ajustes, a tendência é de crescimento.

E o Globo?
O que está acontecendo com o time de Luizinho Lopes, que depois da derrota para o ABC pela Copa do Nordeste estava visivelmente irritado, o que deixou transparecer na coletiva. E as expulsões que se avolumam, são reflexos do que? A Águia de Ceará-Mirim tornou-se um time previsível, o treinador não tem mais o que extrair daquele time, e a instabilidade de alguns jogadores preocupa e penso que deve servir de alerta.

E segue a dança
Lanterna do Estadual sem nenhum ponto, o Força e Luz está batendo as demais equipes quando o assunto é troca de treinador. Higor Cesar que subiu da Segunda Divisão, comandou o time em apenas uma partida, na estreia contra o América. Veio Célio Isidro que aguentou por três jogos e agora chega Baíca, com a missão de livrar o Time Elétrico do rebaixamento. Uma frenética dança de treinadores no Forcinha.

Fiscalização dura
Penso que nenhum evento no Brasil é tão fiscalizado e cercado por tanta legislação quanto o futebol. É o Estatuto do Torcedor, o CBJD, TJD, STJD, RGC da CBF e por ai vai. E é justamente pelo rigor com o futebol que acabam acontecendo distorções na fiscalização. Sob o pretexto de garantir a segurança nos estádios não pode entrar com papel picado, não pode entrar com rolos de papel, não pode mastro de bandeira – aqui eu concordo – não pode entrar com guarda-chuva e agora não pode entrar com rádio portátil, um exagero descabido das autoridades.

Clubes e federação
Não tem nenhuma parcela de responsabilidade nas decisões que são tomadas pela Polícia Militar e Ministério Público, assim como a bem da verdade, não tem a Arena das Dunas. O exagero em relação ao rádio portátil é gritante e desagrada gregos e troianos e acaba com uma tradição de muitos e muitos anos.

Direcionar as ações
É preciso que o combate à violência nos estádios seja direcionado para os infratores, para as facções organizadas. O que não pode é a Polícia colocar todo mundo na mesma vala. A proibição de entrada com rádio portátil, não afeta nenhuma facção organizada, mas sim o torcedor comum.

Tem que mudar o foco
O que precisa ser combatido e com vontade no futebol, são as facções organizadas que deitam e rolam de ponta a ponta no país. O ideal seria a implantação da biometria em todos os estádios, mas eu sei que não tem como, o custo é elevado. Identificar o marginal infiltrado na torcida, aplicar a lei e fiscalizar o cumprimento, evitando que enquanto estiver punido, ele frequente os estádios. Onde foi implantada a biometria e leitura facial, a coisa funciona. Utopia imaginar que tais mecanismos ganhem espaço em todo o Brasil. Clubes não podem arcar com os custos.

Dureza
Todo mundo sabe mas sempre é bom reforçar. O Estadual não serve de parâmetro para o Brasileiro da C e D, onde estamos neste 2018. ABC, América e Globo precisar dos pés no chão e reconhecer que os três precisam de reforços. Abram os olhos!

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