A onda de manifestações que começou em São Paulo, inicialmente contra o aumento das tarifas de transporte público, chegou a Brasília na véspera da estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações. Nesta sexta-feira, um dia antes do jogo contra o Japão, mais de uma centena de pessoas desfilou diante do Estádio Mané Garrincha para protestar.
Ao contrário do que ocorreu em São Paulo, não houve violência – pelo menos durante a manhã – em Brasília. Policiais acompanharam a manifestação de perto, alguns com armas à mostra, mas não fizeram uso de força para dispersar os manifestantes, escoltados por inúmeras viaturas e observados à distância até por um helicóptero.
Copa vai ocorrer sem relação com as manifestações, disse ministro do Esporte
“A Copa das Confederações e a Copa do Mundo vão ocorrer sem relação direta com as manifestações”, disse o ministro. Ele afirmou que os protestos são democráticos desde que respeitem os princípios da sociedade democrática.
Para o ministro, as cenas de repressão às manifestações não passarão uma imagem negativa do Brasil. “O mundo perceberá que o Brasil não dispõe apenas dos direitos, mas dos instrumentos capazes de conter qualquer tipo de abuso, seja por parte das manifestações ou da repressão”.
Já o representante do governo estadual garantiu que o Maracanã terá um cinturão de isolamento em que só será possível entrar com ingresso ou credencial. “Próximo ao estádio não será possível realizar qualquer manifestação”, afirmou.
Sobre os manifestantes, Fichtner declarou: “com esses grandes eventos internacionais, há pessoas que querem aparecer, que querem dar conhecimento à sua causa política e pessoas que querem prejudicar quem assume a responsabilidade de realizá-los”.
O secretário também afirmou que os protestos fazem parte da democracia: “A única possibilidade de não termos [as manifestações] seria não sermos uma sociedade democrática ou não realizarmos esses eventos no Brasil. Temos que conviver democraticamente [com isso], mas o que a gente espera é que não haja o abuso, a violência e [o protesto] não ultrapasse o limite de uma manifestação normal”.
Com informações da gazetaespotiva e Agência Brasil