O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta (Sinai) se junta aos servidores da saúde em frente a Governadoria, no Centro Administrativo, em protesto contra o atraso salarial e às reformas trabalhista e da Previdência. A avenida Hermes da Fonseca foi interditada pelos manifestantes por volta das 10h, mas já está liberada. Vários manifestantes ocupam o local, mas o clima é de tranquilidade.
A mobilização teve início por volta das 9h em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, na Avenida Hermes da Fonseca, de onde saíram os representantes da saúde em caminhada até a Governadoria, com parada no Shopping Midway Mall. Com a chegada do protesto ao destino final, as entidades aguardam a adesão dos policiais, bancários e servidores da educação. A expectativa dos organizadores é que o ato se estenda ao longo do dia no Centro Administrativo e reúna pelo menos 350 servidores.
De acordo com o presidente do Sinai, Santino Arruda, o dia de mobilização estadual é contra o atraso salarial que perdura há 17 meses. Para o sindicalista, “a falta de posicionamento do Governo gera uma sensação de insegurança e desmonte dos serviços públicos”.
Arruda afirma ainda que a Fundação da Criança e do Adolescente tem indicativo de greve caso o Governo Estadual não apresente o plano de reestruturação do órgão. Utilizando um carro de som, servidores da Fundação criticam a falta de condições de trabalho como causa da fuga de 17 adolescentes, que evadiram do Ciad (Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator) Cidade da Esperança nesta terça-feira (7).
Os Servidores da Saúde já anunciaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (13). A paralisação deve limitar os atendimentos da Unicat (Unidade Central de Agentes Terapêuticos) de 400 para 100 por dia, reduzir o funcionalismo do Hemonorte e da SAMU a 30% do efetivo e suspender os atendimentos no Centro de Reabilitação Infantil. Nós hospitais, a reorganização deve ser feita de acordo com a demanda após o início da greve.
Pelo lado dos policiais militares, a principal reivindicação no momento é quanto ao pagamento dos inativos. Para evitar a paralisação, o Governo do Estado garantiu que efetuará o pagamento integral dos membros da Segurança Pública na segunda-feira (13), mas não deu previsão quanto ao pagamento dos aposentados. Por isso, a categoria, até o momento, garante que a paralisação está mantida para a segunda-feira.
Além da cobrança pelos salários, a manifestação dos servidores estaduais também se insere no calendário nacional de protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência.
