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Manifestantes vão às ruas em São Paulo e Rio de Janeiro

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Protestos contra o aumento da tarifa de ônibus levaram manifestantes às ruas de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Na capital paulista, até o fechamento desta edição (às 22h) a movimentação não havia encerrado, e novamente houve confrontos entre manifestantes e Polícia Militar. Alguns motoristas que ficaram parados por conta do confronto  decidiram trancar e abandonar os carros nas vias, e fugiram a pé da confusão.
Em São Paulo, protesto contou com a participação de aproximadamente 5 mil pessoas
O primeiro confronto começou quando a PM tentou impedir os cerca de 5.000 manifestantes de prosseguir a passeata pela rua da Consolação, no sentido da avenida Paulista. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.  Esse já é o quarto protesto da semana contra as passagens de ônibus em São Paulo. Ontem, as pessoas começaram a se concentrar por volta das 16h, quando já havia grande quantidade de policiais, inclusive fechando o viaduto do Chá, onde fica a Prefeitura de São Paulo, e revistando e interrogando pessoas. Antes mesmo do início da passeata, já havia 30 pessoas detidas.

Tarifa

Na volta de Paris, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), voltaram a descartar a possibilidade de reduzir a tarifa de ônibus, trens e metrô (R$ 3,20). Haddad passou o dia em reuniões dentro do gabinete, no Edifício Matarazzo, no centro, de onde pôde observar o início dos protestos do Movimento Passe Livre. À noite, ele afirmou que não há nenhuma possibilidade de reverter o aumento da tarifa e que o Movimento Passe Livre (MPL) recusou o diálogo. Haddad também disse que repudia a violência, seja ela de manifestantes ou da Polícia Militar (PM).

Em nota divulgada no site da Prefeitura, Haddad disse que alguns “grupos minoritários” tornaram os protestos violentos. Alckmin também descartou a redução da tarifa e voltou a destacar que quem destruir patrimônio público “será punido.”

Anistia

A Anistia Internacional divulgou nota ontem destacando que vê com preocupação o aumento da violência “na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo”. De acordo com a Anistia Internacional, “também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha”.

A Anistia destaca que o direito à manifestação e da realização de atos de forma pacífica deve ser assegurado. “O transporte público acessível é de fundamental importância para que a população possa exercer seu direito de ir e vir, tão importante quanto os demais direitos como educação, saúde, moradia, de expressão etc”, diz a nota.

O órgão ressalta ser contra a depredação do patrimônio púbico e atos violentos. Segundo a Anistia, é “urgente o estabelecimento de um canal de diálogo entre governo e manifestantes para que se encontre uma solução pacífica para o impasse”. Manifestantes contrários ao aumento da tarifa de ônibus voltaram a realizar protestos ontem em São Paulo e no Rio.

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