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Marcelo, a vassourada

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Rubens Lemos Filho

A visita e a palestra do Executivo de Futebol e ex-presidente do Bahia, Marcelo Sant’ana a Natal, trazido pela Federação para ensinar gestão aos clubes fracassados, teriam sido coerentes antes da Série C.

Agora, com toda boa vontade, conhecimento e simpatia de Marcelo, trajado como  talhado CEO, de jeans e blaser, casual chique dos homens de planilha, parece até chamar o mecânico para consertar o avião depois do desastre. Não antes, para verificar defeitos e consertá-los.

  O trabalho de Marcelo é de  profissional competente. Soteropolitano, formado em jornalismo e com MBA em Gestão Técnica e Gestão Esportiva, obteve bons resultados no Bahia, oitavo lugar na Série A, após a agrura de passar pela Terceirona, que esteve disputando com o ABC em 2007.

Aos 39 anos e metade de uma década no tricolor, perfil de yuppie, Marcelo quebrou tabus –paradigmas, é o que os engravatados dizem agora -, afastou os donos do clube, os palpiteiros, os dirigentes que o tratavam como propriedade privada, conselheiros desocupados, desocupados de crachá.

Detonou cartolas que atrasavam salários, compravam sem poder pagar, deviam e assoviavam, outros que de futebol nada entendiam e metiam o bedelho. Marcelo restabeleceu a tradição do primeiro nordestino campeão brasileiro.

Então, Marcelo veio trazido pela Federação, reuniu-se com ABC e América e revelou a fleuma de alguém que morou no exterior e foge do padrão brasileiro de vestiário em labaredas de fúria. Visitou os dois estádios.

Prestem atenção nas fotografias de redes sociais. Marcelo é matreiro e deve ter anotado em seu equipamento de última geração: está nos sorrisos dos homens em imagens ao seu lado, a vontade financeira de continuar, especialmente no ABC, em proveito próprio (No América a luta é de Vietnam pelo monopólio do poder pelo poder).

Os risonhos do Frasqueirão foram os que enterraram o ABC na Série D. Os que pilotaram o Boeing ao desastre. Doidos para manter a mamata. Com eles, Marcelo não virá mais. Até porque não há (ainda), Série E. Com eles, um milênio de palestras nunca irá gerar profissionalismo na prática. 

Uma vassourada ampla, geral e irrestrita, com gestores escolhidos fora da promiscuidade amiga. Gente competente e dura. Para fazer igual a Churchill. Tirar a Inglaterra das ruínas. As figurinhas conversadoras daqui, essas, ficaram para abecedista(não) inglês, ver e espumar de raiva.

Nando no Guarani
O Guarani de Campinas, ameaçado de cair da B para a C, contratou o centroavante Nando, ex-ABC e, por último, no Botafogo de João Pessoa(PB). O Bugre confia em Nando – dez jogos sem marcar pelo Belo da Paraíba -, para sair do atoleiro.

De Marré Deci  Pobre o espírito do dirigente que atribui à imprensa os efeitos catastróficos e a revolta da torcida pelos bizarros dos clubes de Natal. É o pior momento da vida do futebol do Rio Grande do Norte em toda a sua história.

Papel 

É ser crítico e sem intimidades,  o papel correto da imprensa. Distância prudencial. Esse negócio de colunista amigo, repórter amigo, comentarista amigo, suscita lembrança  azinhavre de algo mais além do afeto.

José Augusto
Seria algo pragmático, como diria o velho José Augusto Bezerra de Medeiros, dos maiores políticos do Rio Grande do Norte, mentor de Aluízio Alves, de quem mereceu lealdade até o fim da vida e dele recebeu de homenagem o nome da fundação cultural do Estado. 

Nagib
Da nova safra, impressiona bem o jornalista Mallik Nagib, da TV Assembleia. Tem a volúpia natural da juventude. Tem aindarara capacidade de formulação e opinião. Augusto Gomes, o Velho Gugu, da Cabugi, Itamar Ciríaco, desta Tribuna, Franklin Machado, da CBN, Exmar Tavares, da 98 FM, não deixam margem a dúvidas éticas. Há outros. Poucos.

Coração 
Quando as emoções estão de primeira, significa que as palavras saem direto do coração. Ele é o redator. Do sentimento. Com ou sem reciprocidade.

Deixem o menino

O garoto Thales Magno, do Vasco, é prodígio. Agora é bom parar de aparecer dançando, fazendo moganga no Instagram. Muitos sumiram assim.

Vôlei 

O Colégio CEI Mirassol foi campeão de vôlei nas categorias Mirim Masculino e Feminino em torneio disputado em Currais Novos. Sport e Náutico de Recife participaram.

JL, outra vez
Obras nas marquises do Castelão levaram o campeonato estadual de 1984 outra vez ao velho Juvenal Lamartine. Aos 14 anos, não perdi sequer uma preliminar. Vi todos os jogos, cercado de fantasmas renitentes. Pela segunda fase do segundo turno, o atacante Rômulo fez o gol da vitória alvinegra em toque sutil, na saída do goleiro Eugênio. Público pagante: 3.045 pessoas.

Times
ABC: Carioca; Joel, Lúcio Sabiá, Jailson e Sérgio Poti(expulso); Arié, Dedé de Dora(Tiê) e Marinho Apolônio; Curió, Valença e Rômulo. Técnico: Ferdinando Teixeira. América: Eugênio; Jaílton, Alexandre(filho do maior zagueiro do América, Scala) e Júlio César; Baltasar, Didi Duarte e Valério; Sandoval, Mirabeau e Soares Bulau. Técnico: Otávio César.

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