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Marco de Santa Cruz da Bica, na zona Leste de Natal, sofre com vandalismo

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Natal perdeu mais um símbolo da história da cidade. O marco de Santa Cruz da Bica, na Cidade Alta, amanheceu destruído nesta quarta-feira (17), Dia Nacional do Patrimônio Histórico. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio Grande do Norte, o marco era um dos mais antigos da cidade.
Marco de Santa Cruz da Bica era palco de festa popular, com um terço que era rezado por lá
De acordo com o livro Caminhos de Natal, de Jeanne Fonseca Leite Nesi, a Praça da Santa Cruz da Bica representa um dos primitivos marcos de Natal e é provável que tenha sido construída à época da fundação da cidade. Segundo as pesquisas, os portugueses e espanhóis adotavam o ritual de limitar com cruzes os limites urbanos das povoações que fundavam. No caso de Natal, a cruz da bica de beber água assinalava os limites da Cidade pelo lado sul.
Localizado na esquina das ruas Mermoz e Voluntários da Pátria, há registros da existência de terras concedidas nas imediações da atual praça da Santa Cruz da Bica desde data de 24 de setembro de 1675, cujo beneficiário foi o vigário Paulo da Costa Barros. As terras concedidas ficavam ‘’junto à fonte desta Cidade’’. Durante muitos anos, a população de Natal comemorava no dia 3 de maio de cada ano, o Dia da Santa Cruz. Era uma festa popular, em que era rezado um terço na Praça da Santa Cruz. 
Dois dos principais monumentos da cidade de Natal estão em processo de restauração, a estátua da Praça Pedro Velho e o Monumento à Independência, ambas localizadas na Zona Leste de Natal. O prazo estabelecido para entrega é de 90 dias, mas pode se estender caso seja necessário. No Dia Nacional do Patrimônio Histórico, comemorado dia 17 de agosto, os monumentos ainda perecem sob os efeitos do tempo. Para a escolha dos artistas, a prefeitura, através da Secretaria de Cultura (Secult-Funcarte) abriu seleção para submissão de portfólios e foi escolhido o artista plástico Eri Medeiros para restauração.
Ele fez a colagem de uma das partes da peça da Praça Pedro Velho, que chegou a sofrer uma tentativa de furto em julho deste ano e, segundo ele, o próximo passo é a limpeza. Enquanto isso, a imagem do primeiro governador do Rio Grande do Norte perece exibindo diversas pixações e uma cor cinza esverdeada que nada se parece com bronze no qual foi esculpido. De acordo com o site da Prefeitura de Natal, a praça irá passar por uma requalificação envolvendo várias secretarias. Ainda não foram divulgados os prazos nem valores da obra.  
Ainda não se tem detalhes do andamento da restauração do Monumento à Independência, que comemorou seu centenário no chão. De acordo com o assessor de imprensa da Fundação Capitania das Artes, Dionísio Outeda, é da Secretaria de Cultura a iniciativa para restauração de ambas as obras. Ainda de acordo com ele, existe um processo burocrático a ser seguido para inicio do processo de restauro de monumentos tombados. Basicamente, o objeto é recolhido, passa para um processo de avaliação de danos,  em seguida é comunicado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que é um dos responsáveis pela manutenção e monitoramento dessas obras. Ao todo, o processo envolve muitas secretarias e órgãos públicos, tornando acompanhamento burocrático.
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