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Maria Adelaide Amaral adapta “Aos meus amigos”

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Por Camila Azevedo

“Eu queria fazer desta reunião de ‘família’ o elogio do afeto, da tolerância e da solidariedade!” O brinde erguido pelo personagem Léo (Dan Stulbach) é a síntese de Queridos Amigos, que estréia na TV Globo na próxima segunda-feira, dia 18 de fevereiro. A minissérie é escrita por Maria Adelaide Amaral e dirigida por Denise Saraceni (direção geral e de núcleo), com o diretor convidado Carlos Araújo e os diretores Vinícius Coimbra, Flávia Lacerda, Maria de Médicis e Cristiano Marques. O primeiro capítulo vai ao ar logo após o Big Brother Brasil 8. Na semana seguinte, a série passa a ser exibida de terça a sexta-feira – depois do reality show e, nas quartas, na seqüência do Futebol – totalizando 25 capítulos.

Essa é primeira vez que Maria Adelaide adapta para a televisão uma obra original sua, o romance “Aos Meus Amigos”, publicado em 1992. O livro foi escrito em poucos meses, quando a autora estava abalada pela morte de um grande amigo seu, o jornalista Décio Bar, e sentiu enorme necessidade de contar as vivências de seus amigos e de sua geração. “Queridos Amigos é a história de qualquer geração que lutou para mudar a História e a mudou de certa maneira. Na transposição do livro para a minissérie permanece o tom e a sensação de que poderíamos ter feito mais, mas fizemos apenas o que foi possível”, conta a escritora sobre a trama que se passa em 1989. Os personagens falam e agem de acordo com suas experiências pessoais – afetivas, profissionais e políticas – e os reflexos delas em suas vidas. É, portanto, uma minissérie com tom intimista e humanista: trata das alegrias, dores e pulsões do homem.

“Recebi a sinopse de Queridos Amigos na semana em que morreram Bergman e Antonioni. Nossa minissérie é inspirada na pesquisa humana do cinema de Bergman, na edição dos silêncios e suspiros, e no requinte de imagens simbólicas. De Antonioni peço licença para buscar, como ele, o Belo. Não é simples. Como no livro de Maria Adelaide e na vida, vamos redescobrir a esperança. Para isso, temos que desconstruir nossas acomodações”, reflete Denise Saraceni, em uma das anotações de seu caderno.

O enredo transcorre entre os últimos dias de outubro de 1989 até o alvorecer do dia 20 de novembro do mesmo ano. Os momentos intensamente vividos pelos amigos na década de 70 aparecem dramaturgicamente como três filmes feitos pelo próprio grupo na câmera Super 8 de Léo (Dan Stulbach). São eles: o casamento de Léo e Flora (Aida Leiner), em 1978; a volta do exílio de Tito (Matheus Nachtergaele) e Vânia (Drica Moraes), em novembro de 1979; e o réveillon de 1981 para 1982 na casa de Benny (Guilherme Weber), em Parati. Alguns acontecimentos históricos, como a queda do Muro de Berlim, em 09 de novembro de 1989, também são pontuados na trama através de reportagens verdadeiras da época, exibidas nos televisores dos personagens. A História é apenas pano de fundo para as vidas desses amigos que apesar de todas as diferenças se querem tanto. Que se precisam pela cumplicidade expressa na afetividade que têm uns pelos outros.

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