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Marta Suplicy rebate crítica de jornal alemão

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Roberta Pennafort

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, minimizou nesta quarta-feira, 02, a crítica feita pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung à presença de apenas um negro (Paulo Lins, de “Cidade de Deus”) e um indígena (Daniel Munduruku, autor de 43 livros) entre os 70 escritores levados para a Feira do Livro de Frankfurt, que homenageia o País e acontece na próxima semana: “O Brasil vive um momento de transformação, e nas próximas gerações teremos número maior de negros participando. Hoje, infelizmente, não temos”, disse.
Suplicy: O critério não foi étnico, mas de qualidade estética
Em texto publicado em agosto, o jornal sugeriu racismo na escolha dos escritores. A ministra lembrou que a prioridade foi dada a autores já traduzidos, para que o público da feira tenha acesso às obras depois dos debates: “Toda lista tem um recorte que provoca discussão. O critério não foi étnico, mas a qualidade estética e a tradução. A Feira de Frankfurt é comercial”. A coordenadora do Centro Internacional do Livro da Biblioteca Nacional, Moema Salgado, afirma que é um pedido da feira que os escritores convocados tenham livros traduzidos para outras línguas.

Seis dias antes da abertura do evento, Marta foi ao Rio para dar entrevistas sobre ele. Ressaltou as 442 bolsas oferecidas para estimular editoras estrangeiras a traduzir autores brasileiros – o número contabiliza trabalhos feitos desde 2010, quando o Brasil foi anunciado como homenageado. Marta garante que as dificuldades e atrasos provocados pela troca de gestores em sua pasta, na Biblioteca Nacional e no Itamaraty foram superados, e que todas as contratações foram concluídas. “Tivemos problemas, mas viramos a página.” As últimas licitações, de hospedagem (que sairá por R$ 92.164), contratação de assessoria de comunicação para divulgar o Brasil (R$ 81.739) e de empresa para fazer a produção de 26 eventos na cidade (R$ 517.710) foram encerradas na semana passada.

#saibamais#“Se a nossa literatura não circula no Brasil, não é por falta de autores”, disse o escritor Nei Lopes à reportagem. “Ela tem sido estudada e publicada no exterior, na Alemanha, na Inglaterra, nos EUA e em outros países. Se o MinC acha que literatura boa é a que vende milhares de livros, só tenho a lamentar. E dizer que continuo fazendo a minha parte.”

Atraso não vão afetar participação do Brasil

O Brasil está pronto para exercer seu papel de convidado de honra na Feira de Frankfurt, na Alemanha, que começa na semana que vem, disse ontem (2), a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Os contratempos nos preparativos já foram sanados e tudo foi resolvido dentro do orçamento de R$ 18,9 milhões, garantiu ela, em coletiva à imprensa na Biblioteca Nacional, na capital fluminense. Marta informou que os atrasos se deveram a mudanças de cargos no Ministério da Cultura, no Itamaraty e na Biblioteca Nacional.

“Essas mudanças todas acarretaram confusão. Houve uma série de situações bastante desfavoráveis que nos deixaram bem preocupados. Mas viramos a página”, declarou. “Tivemos três licitações e obviamente ganharam os melhores preços. Conseguimos um hotel quatro estrelas em um lugar muito bom, melhor do que antevimos. Estamos respirando aliviados e está tudo sob controle”, disse. Segundo o ministério, houve atrasos na abertura de licitações, de responsabilidade do Itamaraty, para contratação de serviços de hospedagem para a delegação, de produção executiva e de assessoria de comunicação. Os três processos licitatórios foram abertos três semanas antes da data de início da feira. Considerado o maior evento mundial no mercado de livros, a Feira de Frankfurt vai reunir, entre os dias 9 e 13 deste mês, mais de 7 mil expositores de 100 países, com expectativa de receber mais de 250 mil visitantes. A participação brasileira é organizada pelos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, a FBN, Funarte a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Câmara Brasileira do Livro (CBL). (Agência Brasil)

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