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Matéria-prima é “quase inexistente”

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Embora tenha data marcada para abrir comercialmente em setembro, a usina de biodiesel da Petrobras em Guamaré precisará de matéria-prima de fora do Estado para produzir. De acordo com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca,  Tarcísio Bezerra Dantas, a produção do Rio Grande do Norte “é mínima, para não dizer quase inexistente” e não há nada que sinalize mudança no quadro, ao menos em cruto prazo.
A mamona era uma das apostas para a produção de biodiesel no RN, mas agora é escassa no Estado
Procurado pela Petrobras em 2013 para viabilizar uma maneira de suprir a usina com matéria-prima do RN, o Governo do Estado tem um projeto em fase de estudos que poderia fornecer cerca de 8% da demanda com algodão irrigado. De acordo com Tarcísio Bezerra Dantas, o estudo em elaboração prevê incentivos a produtores para chegar a uma produção de 5 a 10 mil hectares de algodão irrigado. “Mas em função dos anos de seca, não foi possível tocar essa questão à frente”, explicou.

#SAIBAMAIS#Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que, de 2009 a 2013, o volume de mamona produzido no RN caiu de 16 para 5 toneladas, enquanto que o de girassol saiu de 1,24 mil toneladas para 15 toneladas.

Não existe mais plantio de mamona e girassol no RN, conforme explica o analista de Mercados de Produtos Agrícolas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Luiz Gonzaga. Segundo ele, o motivo é a seca. “Se tivemos problemas para cultivar feijão e milho, imagina qual o produtor que vai querer plantar essas matérias-primas”, explicou.

Para ele, a solução é um trabalho envolvendo produtores e a estatal. “Em um ano normal de inverno, pode ser que, num trabalho da Petrobras junto com as produtores, a produção seja retomada”, disse.

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