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McCain retoma ataques a Obama

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ELEIÇÕES - Obama e Clinton criticam a política econômica do presidente Bush e promessas de tirar os EUA da criseDefiance (AE) – O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, voltou ontem aos ataques contra seu rival democrata Barack Obama, acusando-o de favorecer indevidamente empresas petrolíferas, mas Obama segue na frente das pesquisas de intenções de voto, a cinco dias das eleições de 4 de novembro. McCain usou a notícia de que a petrolífera americana Exxon-Mobil Corp. obteve o maior lucro da sua história para criticar Obama, que segundo ele teria favorecido exonerações de tributos às petrolíferas. Enquanto isso, Obama seguiu vinculando McCain ao impopular presidente George W. Bush, e reiterou que só ele, Obama, é capaz de unir o povo americano.

Em um esforço para obter os 20 votos no Colégio Eleitoral que tem o Estado de Ohio, McCain assinalou em um discurso em Defiance, que Obama oculta no seu discurso novos benefícios à indústria petrolífera. “Eu votei contra isso”, afirmou o republicano.

Ontem, a Exxon Mobil anunciou que obteve um lucro de US$ 14,8 bilhões no terceiro trimestre deste ano, devido aos preços recordes do barril de petróleo em meados deste ano. McCain afirmou que a disputa pela Casa Branca está mais apertada a cada dia, mas disse que nada contra a corrente e deverá vencer Segundo as pesquisas feitas na maioria dos estados, Obama já superou os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para ser eleito presidente.

Obama fez campanha ontem na Flórida, na Virginia, e na Califórnia. O líder das pesquisas aproveitou para ligar novamente McCain ao presidente Bush, quando citou, em discurso na Flórida, a queda de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no 3º trimestre deste ano. “Após nove meses seguidos de perdas de empregos, a maior queda nos valores de imóveis, porque nós continuaremos dirigindo nesta estrada?”, indagou Obama.

Ainda na Flórida, os dois maiores líderes do Partido Democrata, o atual candidato Obama e o ex-presidente Bill Clinton, juntaram forças numa convocação para a mudança política, a cinco dias da eleição presidencial dos EUA. Na primeira vez em que apareceram juntos num evento de campanha, Clinton e Obama discursaram para cerca de 35 mil pessoas perto de Orlando, na Flórida, na noite da quarta-feira. O ex-presidente disse que Obama representa o futuro do país e exortou a multidão a derrotar o republicano John McCain.

“A campanha presidencial é a maior entrevista de emprego do mundo”, comparou Clinton. “E, na terça-feira, vocês terão que fazer a contratação.” Clinton já havia afastado qualquer ressentimento pela derrota de sua esposa, Hillary Clinton, quando deu sua primeira manifestação de apoio a Obama, na convenção democrata, em agosto. Ele também comparou a prosperidade da época do seu mandato na Casa Branca, nos anos 90, à crise econômica na qual o país se encontra atualmente.

O ex-presidente disse ainda que Obama, confrontado com a crise, voltou-se para seus próprios assessores, incluindo executivos da era Clinton, ao invés de fazer escolhas eleitoreiras. “Isso é o que um presidente faz numa crise: o que é certo para os EUA”, discursou. Clinton criticou o candidato McCain por dizer que a política tributária de Obama é uma redistribuição quase socialista.

Sob o governo George W. Bush, afirmou Clinton, os republicanos presidiram “a maior redistribuição de riqueza no andar de cima desde os anos 20 e todos nós sabemos como isso terminou”. “O que Obama tem é um plano que funciona de baixo para cima”, disse Clinton. “Nós fizemos mais milionários e bilionários do que eles… Porque a renda da classe média estava aumentando e é isso que Barack Obama fará de novo”, acrescentou Obama, por sua vez, elogiou o ex-presidente como um “gênio político” e enalteceu Hillary Clinton.

Obama promete restaurar sonho dos americanos

Nova York (AE-Dow Jones) – O candidato democrata à presidência dos EUA, Barack Obama, disparou na noite de quarta-feira a maior artilharia midiática de sua campanha, com um programa de 30 minutos transmitido simultaneamente nas três maiores redes de TV do país (ABC, CBS e NBC). Ele gastou entre US$ 3 milhões e US$ 5 milhões, segundo a estimativa de especialistas, para dizer aos eleitores que pode restaurar o sonho americano. O programa retratou Obama como um presidente à espera de assumir o cargo, embora ainda buscando suplantar seu rival republicano, John McCain.

A cuidadosa produção apresentou famílias comuns lutando para atingir seus objetivos e a promessa de Obama de reerguer a economia para o americano médio. De um escritório no estilo do gabinete presidencial, o senador democrata disse aos telespectadores que a eleição da próxima terça-feira será um “momento decisivo”. Ele afirmou que o pleito representa a chance de os líderes do país “atenderem às exigências desses tempos desafiadores e preservar a confiança” do povo americano.

“Vimos nos últimos oito anos como as decisões de um presidente podem influenciar o curso da história e a vida dos americanos”, disse Obama. “Mas em todos os lugares aonde vou, a despeito da crise econômica, da guerra e da incerteza sobre o amanhã, ainda vejo otimismo. E esperança. E força.”

O programa tratou dos grandes temas da campanha, como saúde, educação e emprego, intercalados pelas histórias de famílias americanas em dificuldades e entrevistas com familiares e colegas de Obama.

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