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Médico discorda do uso de homeopatia contra dengue em Natal

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O médico infectologista Henio Lacerda se pronunciou em nome da categoria, através de um e-mail, afirmando que a os infectologistas de Natal estão preocupado com a utilização de medicação homeopática no combate e prevenção de dengue.

A Lei Nº.  6.252, de 25 de maio de 2011, autoriza o Poder Executivo Municipal a realizar estudos e pesquisas no sentido de adotar este tipo de medicação. De acordo com Lacerda “a literatura mundial não dá respaldo nenhum sobre o uso desses compostos homeopáticos no tratamento da dengue”.

O médico diz que só existem dois trabalhos sem metodologia cientifica e que não trazem evidência dos efeitos benéficos do uso dos compostos. Este tipo de medicamento foi, inclusive, abandonado pela Secretaria de Saúde de Rio Preto (SP).

Confira o e-mail do médico Henio Lacerda na íntegra:

A imprensa de Natal, é com extrema preocupação que os infectologistas de Natal viram a publicação da Lei LEI Nº.  6.252, DE 25 DE MAIO DE 2011 que autoriza o Poder Executivo Municipal a realizar estudos e pesquisas no sentido de adotar medicação homeopática (Eupatorium perfoliatum, Phosphorus e Crotalus horridus), no combate e prevenção de dengue em Natal.

A literatura mundial não dá respaldo nenhum sobre o uso desses compostos homeopáticos no tratamento da Dengue. Só existem dois trabalhos sem metodologia cientifica e que não traz evidencia dos efeitos benéficos do uso desses compostos. Não segue as fases clinicas (leia http://www.roche.pt/portugal/index.cfm/investigacao/) necessárias para colocar um produto em uso. Inclusive, esse medicamento já foi abandonado em São José do Rio Preto por falta de comprovação cientifica
(leia http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Saud/5724,,Saude+de+Rio+Preto+abandona+homeopatia+contra+a+dengue.aspx) Portanto, a prefeitura, a SMS,nem os médicos da SMS, não podem realizar essa “pesquisa” com seres humanos sem antes passar por todas as etapas envolvidas na produção de um medicamento, já que isso não foi feito pelo autor do composto. O parecer inicial do COMITÊ de VIROLOGIA CLINICA DA Sociedade Brasileira de Infectologia mostra-se contrário a qualquer tipo de medicamento que não tenha evidencia científica de sua eficácia. Estaremos emitindo parecer e ser enviado as secretarias de saúde.

Abraços

Henio Lacerda
Médico Infectologista.
SRNI

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