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Médicos ‘de fora’ chegam este ano

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Brasília (AE) – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem medidas para a formação de médicos e para a atração de profissionais – entre eles, estrangeiros – às regiões do interior do País. O anúncio foi feito um dia após a presidente Dilma Rousseff enfatizar um pacto pela saúde durante reunião emergencial com governadores e prefeitos das capitais. As ações são anunciadas após uma onda de protestos nas ruas do país por melhorias em áreas como transporte, educação e saúde.
Pacote de medidas do Governo também inclui incentivo à formação de profissionais no Brasil
#SAIBAMAIS#A decisão do governo de “importar” médicos vem causando polêmica no país. Entidades médicas brasileiras são contra. Alegam que não faltam médicos no Brasil, mas condições de trabalho. A presidente disse, no entanto, que o País não pode esperar para preencher as vagas nas áreas mais remotas. “Quando não houver a disponibilidade de médicos brasileiros, contrataremos profissionais estrangeiros para trabalhar com exclusividade no SUS”, explicou.

 Ontem, Padilha garantiu que os médicos chegarão ao País até o fim do ano. Segundo ele, a vinda desses profissionais será financiada pelo governo.

 Profissionais formados no Exterior interessados em trabalhar nos postos públicos de saúde de regiões carentes terão a passagem paga pelo Ministério da Saúde e, ao chegar, ficarão três semanas num processo de avaliação e treinamento. Caso o desempenho não corresponda às expectativas, eles não serão admitidos no programa, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O ministro afirmou que uma série de detalhes ainda precisam ser acertados. Oficialmente, não há data fixada para o lançamento do edital, número fechado de profissionais que serão contratados nem como será feito o reembolso da passagem, caso os profissionais não sejam admitidos no programa.

Padilha afirmou que os profissionais vindos do exterior terão sua proficiência em português avaliada. Mas já avisou que a língua, por si só, não será uma barreira. “É só ver o exemplo dos Médicos sem Fronteiras”, disse.

A expectativa é a de que sejam recrutados 10 mil profissionais. Um edital de alcance internacional será lançado, a partir da demanda feita por prefeitos. Somente poderão participar do processo municípios integrantes do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Críticas

Para driblar as críticas de entidades de classe, o edital dará prioridade para médicos brasileiros. “Não haverá nenhum tipo de disputa com profissionais vindos do exterior”, disse o ministro.

Descontentes com a proposta, no entanto, entidades médicas se reúnem nesta quarta-feira em São Paulo para discutir uma paralisação de protesto.

O recrutamento de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil vem sendo discutido pelo governo desde o ano passado, a pedido da presidente Dilma Rousseff. Com os protestos dos últimos dias, sua apresentação foi apressada.

A justificativa é a de que faltam médicos no País e que o problema vai aumentar ainda mais, com a criação de pelo menos 35 mil postos de trabalho – fruto da abertura de postos de atendimento.

O recrutamento de médicos seria uma alternativa a curto prazo para a falta de profissionais. Outras estratégias, como ampliação de cursos de Medicina e de residência, também foram apresentados. Os resultados, no entanto, são mais demorados.

Padilha reiterou ainda que até 2015 serão criadas 35 mil vagas para médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) e a abertura também de 12 mil vagas de residência médica até 2017, das quais 4 mil nos próximos dois anos.

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