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Medidas podem ser limitadas, diz a Austin Rating

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São Paulo (AE) – O perfil mais seletivo para emprestar, priorizando segmentos de menor risco, e o nível de endividamento das pessoas físicas e jurídicas devem minimizar os impactos das medidas de estímulo ao crédito anunciadas pelo Banco Central, segundo Luiz Miguel Santacreu, analista de bancos da Austin Rating. “O governo continua tentando conciliar crescimento econômico com controle de inflação. A flexibilização das medidas macroprudenciais visa, mais uma vez, estimular o crescimento econômico com consumo”, disse, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado.

#SAIBAMAIS#Santacreu adverte, porém, que o cenário de 2014 é diferente do visto em 2009, quando a receita de estimular a economia com consumo teve sucesso. Além do endividamento por parte das pessoas físicas, ele cita ainda o ambiente de incertezas que as empresas vivem, segurando investimentos em meio a eleições e expectativas quanto ao desempenho da economia brasileira.

Para o analista de bancos da Austin, ao adotar medidas como as anunciadas ontem o Banco Central não ataca o objetivo da política econômica de controlar a inflação em detrimento do crescimento econômico do País, uma vez que, apesar de ter elevado os juros, flexibilizou as medidas macroprudenciais, adotadas em 2010.

“A indução do Banco Central à oferta de crédito não quer dizer que os bancos a seguirão. As instituições bancárias vão continuar adotando prudência e seletividade no crédito”, analisa Além disso, diz Santacreu, os juros estão mais altos, o que encarece o crédito e, somado à inflação elevada, que consome o poder de compra da população, compromete ainda mais o espaço para a tomada de recursos. Por parte dos bancos, conforme ele, o consumo de menos capital não deve ser revertido em mais crédito, uma vez que estão confortáveis em relação ao índice de Basileia (que mede o quanto o banco pode emprestar sem comprometer o seu capital).

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