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Melhora a qualidade do ensino segundo avaliação do Ministério da Educação

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UNIVERSIDADES - Fernando Haddad divulga resultado da avaliação sobre cursos de mestrado e doutoradoBrasília (AE) – O Brasil tem 219 cursos de mestrado e doutorado considerados de nível internacional. A avaliação divulgada ontem pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal (Capes), do Ministério da Educação, mostra que mais da metade dos cursos brasileiros pode ser considerada, pelo menos, de boa qualidade. Apenas 91 – 4% dos 2.266 avaliados – foram considerados ruins e, ao contrário do que acontece na graduação, serão imediatamente fechados.

Os resultados da avaliação mostram, ainda, que a pós-graduação no País vem melhorando. Na comparação com a última avaliação, de 2004, 437 melhoraram suas notas, sendo que 109 subiram a ponto de alcançar a nota máxima, sete. Outros 333 caíram de produção e 91 receberam as notas mínimas para o descredenciamento.

A avaliação da Capes é feita a cada três anos e engloba todos os cursos de mestrado e doutorado existentes no Brasil. Os conceitos vão de um a sete, sendo que um e dois levam ao fechamento imediato. Já seis e sete são dados apenas àqueles que têm mestrado e doutorado na área e são considerados do mesmo nível de centros internacionais. O curso com conceito cinco é considerado muito bom – e esta também é a nota máxima para aqueles que possuem apenas mestrado -, quatro é bom e três, apenas regular.

No Rio Grande do Norte, foram considerados muito bons os cursos de mestrado e doutorado de Educação e Ciências da Saúde da UFRN, e o de Fitotecnia, da Universidade do Semi-árido (Ufersa), todos com nota 5.

Os cursos de excelência no País vêm crescendo desde 2001. Naquele ano, eram 149 os que obtiveram notas seis e sete. Em 2004, passaram para 197 e este ano chegaram a 219. Mas o outro lado da avaliação também cresceu: de 55 cursos ruins e que foram descredenciados em 2004, passaram para os 91 que devem ser fechados este ano.

“A tendência dos cursos de pós-graduação é de sempre aumentar sua produtividade para não cair de conceito. Um curso quatro, este ano, se mantiver tudo como está, poderá ser três ou menos na próxima avaliação”, afirmou Renato Janine Ribeiro, diretor de avaliação da Capes. Este ano, diz Ribeiro, a Capes ainda apertou o cerco em cursos de doutorado que, segundo ele, “não formam doutores”. “Um curso que tem doutorado e se concentra no mestrado e na produção de papers não está cumprindo sua função de formar recursos humanos”, disse. São instituições, explica, que têm formado poucos doutores ao longo dos anos. “Pode ser por pouca demanda ou pouco interesse, não sabemos. Mas o curso precisa se reorientar.”

A avaliação revela, ainda, que Sul e Sudeste continuam sendo os centros de formação de excelência no País, apesar das tentativas do governo de investir em centros fora dessas regiões. Juntas, as duas regiões concentram 72% das instituições com pós-graduação do País – mas têm 92% dos centros com notas máximas. São 72 dos 75 cursos com nota sete e 129 dos 144 com nota seis. São Paulo tem 108 dos 219 centros de excelência em pós-graduação do País. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste já tem apenas 635 dos programas e apenas 17 com conceitos seis e sete.

A concentração é tão forte que apenas sete Estados tem os 75 cursos com conceito sete. Com exceção de Pernambuco e Distrito Federal, com um programa cada, os restantes estão nessas mesmas regiões: São Paulo, com 45, Rio de Janeiro (12), Rio Grande do Sul (9), Minas Gerais (6), Santa Catarina (1). “Ainda há muita concentração”, admitiu Ribeiro. “Daí a necessidade de mais investimentos para redistribuição regional.”

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