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Memorial fecha para reforma

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Com a estrutura física há anos pedindo socorro, o Memorial Câmara Cascudo finalmente será restaurado. As obras começam nesta segunda-feira (1º) e devem durar de três a quatro meses. Nesse período o espaço estará fechado. Todo o material do acervo – livros, peças de arte, painéis – já está devidamente empacotado. Uma parte deverá ir para a Fundação José Augusto (FJA) e outra ficará no próprio prédio, em local protegido.

 Com valor de R$ 211 mil, a obra é financiada com recursos do empréstimo do Banco Mundial, via programa RN Sustentável. O imóvel, de dois pavimentos e tombado pelo Estado, vai receber pintura interna e externa, elevador de acessibilidade, reparos nas instalações elétricas e hidráulicas.
Reforma do espaço cultural tem início próxima segunda-feira
O quintal do palacete, área até então subutilizada, também vai ser reestruturado para receber eventos. E na frente do prédio, a famosa escultura de Cascudo equilibrado sobre a palma de uma mão receberá manutenção.

Diretor geral do Memorial, Gilberto Alves diz que depois da fundação do Museu, em 1987, apenas uma reforma foi feita. “Essa obra de agora promete dar mais estrutura e cara nova para o prédio, permitindo até a chegada de novos equipamentos para as exposições”.

A restauração do Memorial é a primeira de uma série de obras previstas pela Fundação José Augusto. Na lista estão Museu Café Filho, Biblioteca Câmara Cascudo, Teatro Alberto Maranhão, Teatro Lauro Monte, em Mossoró, Teatro Adjuto Dias, em Caicó, todos atualmente fechados, esperando trâmites burocráticos e a liberação de recursos do RN Sustentável para terem suas obras iniciadas.

O prédio em estilo neoclássico, construído no final do século 18, já abrigou diversos órgãos públicos, do período real, passando pela república e província. Em 1946 ele quase foi demolido, mas mas por causa de protestos de muitas pessoas, a ideia foi abandonada. Em 1987 ele passou a abrigar o  Memorial Câmara Cascudo, com o intuito de preservar e divulgar o seu legado. Era lá que estava a biblioteca do Mestre, com cerca de 10 mil livros e 15 mil cartas. Hoje todo esse material está no Ludovicus-Instituto Câmara Cascudo, administrado pela família e aberto para visitação e consulta do público.

Com uma média mensal de visitas entre 1,7 mil e 2 mil pessoas, o Memorial funcionava com exposições temporárias e outras fixas. No primeiro pavimento estavam mostras sobre cultura popular e religiosidade. Também funciona um ateliê de artes plásticas, coordenado pelo professor Jomar Jackson, com aulas abertas à comunidade, que deve ir para a Cidade das Crianças. No andar de cima, desde de julho de 2014 estava montada a exposição de painéis e réplicas sobre a História da Cidade do Natal, formada com parte do acervo que ficou exposto no Forte dos Reis Magos, entre 2007 e 2014.

Com acervo pouco atrativo, as exposições do Memorial mereciam curadoria mais criativa, que privilegiasse montagens ousadas, com uso de ferramentas multimídia e interativas. Segundo a assessoria de comunicação da FJA, quanto a isso, por enquanto não há nada previsto.

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