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Mercado das Rocas pede socorro

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Luiz Henrique Gomes
Repórter

O Mercado das Rocas está inabitado. Reinaugurado em 2016 sob a promessa de revitalizar a zona leste de Natal e gerar renda para os pequenos comerciantes, a realidade dois anos depois é outra: dos 83 estabelecimentos comerciais, somente um funciona com regularidade. Manoel Lúcio, o único comerciante, esclarece que quem aluga espaço no Mercado logo desiste pela ausência de público circulante. A situação se agravou em janeiro, quando o local parou de ser limpo porque o contrato entre o Município e a empresa terceirizada encerrou.

Reformado com objetivo de revitalizar o bairro das Rocas e gerar renda para pequenos comerciantes, mercado está inoperante

Reformado com objetivo de revitalizar o bairro das Rocas e gerar renda
para pequenos comerciantes, mercado está inoperante

#SAIBAMAIS#A falta de um sistema de climatização no prédio de dois andares é o principal motivos para a ausência de público, desde que começou a funcionar. A agitação inicial de comerciantes à espera da instalação do sistema deu lugar a desesperança de que o plano não sairá do papel. Sem perspectivas de melhorias, os poucos que ocuparam o local no início foram fechando as portas.

A climatização artificial do prédio foi cogitada, mas sequer teve projeto oficializado. O que a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), responsável pelo local, pretende fazer é a troca de esquadrias, telhas e novas pinturas. A secretaria afirmou que três licitações foram abertas para a execução da obra, mas não houve  interessados. “Cumprindo a legislação, a Semsur vai contratar de forma direta uma empresa para executar a obra. De acordo com os trâmites normais, deverá ser assinado nos próximos 10 dias”, garantiu, por meio de nota.

A Semsur reconhece que a alta temperatura do prédio, sobretudo no segundo andar, é entrave para a ocupação dos estabelecimentos. “A expectativa é que após a conclusão dessa obra (de readequação), os permissionários passem a ocupar os respectivos boxes e investir para dar pleno funcionamento ao local”, continua a nota.

O prédio atual foi reformado durante sete anos a um custo de R$ 5 milhões. Em dois anos, entretanto, a estrutura já apresenta sinais de deterioração, o que afasta mais ainda o comércio e o público. Não há água encanada devido a um problema com a bomba hidráulica e uma das portas está quebrada. Para fechá-la, os vigilantes noturnos colocaram um banco de madeira e outros objetos pesados. Sem limpeza, o lixo, vindo dos arredores, se espalha pelo chão dos corredores. Do lado de fora, as calçadas estão danificadas.

Segundo os moradores dos arredores do Mercado, os dias de feira no bairro das Rocas, às segundas, são penosos para a estrutura do prédio. O público circulante e os comerciantes costumam utilizar o banheiro, mesmo com avisos sobre a falta de limpeza e água. A sujeira é insuportável. “Não dá para chegar perto, se for lá. Sei disso porque tentei usar esses dias e não dá”, conta uma moradora, que prefere não dar o nome.

A Semsur informou que uma obra será feita no prédio para resolver o problema da falta d’água, mas não deu data. Em relação à limpeza, a pasta disse que renovou o contrato com a empresa terceirizada e que até o fim de semana todos os serviços de limpeza estarão normalizados.

Números
5
milhões de reais foi o valor gasto com a reforma do antigo mercado das Rocas;

83 é o número de boxes para ocupação imediata no mercado

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