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Mercado espera novos anúncios de áreas petrolíferas

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Rio (AE) – A nova descoberta anunciada anteontem pela Petrobras na Bacia de Santos é mais uma das muitas que devem ser anunciadas nos próximos meses naquela região, dentro dos esforços que vêm sendo feitos pela estatal para comprovar os indícios de óleo abaixo da camada pré-sal. No total, analistas de mercado já estimaram as reservas naquela região em cerca de 56 bilhões de barris e há quem diga que o volume poderia chegar a até 70 bilhões, o que elevaria o Brasil ao sétimo lugar no ranking das maiores reservas mundiais.

A Petrobras, até o momento, evita fazer qualquer referência sobre o volume de reservas em áreas do pré-sal. Apenas o prospecto de Tupi, no BM-S-11, é que foi dimensionado e estimado entre 5 e 8 bilhões de barris. Mas existem pelo menos outros seis blocos – dos quais a Petrobras opera cinco em parcerias que variam de formação com a BG, Galp, Shell e Repsol.

Apenas um deles é operado pela Exxon, no qual a Petrobras possui 20% de participação. Todos já tiveram indícios de óleo identificados em um primeiro poço.

A cada poço perfurado a Petrobras avança na confirmação dos indícios de óleo leve abaixo da camada pré-sal. E novas descobertas não trazem por si só uma novidade para o mercado, mas sim uma confirmação do que já era esperado. Por isso mesmo, o mercado aparenta ter absorvido, em parte, a perspectiva de existência de reservas gigantescas naquela região, o que impede elevadas altas nas ações da empresa a exemplo do que ocorria com a divulgação das primeiras descobertas, como Tupi – em novembro do ano passado – e Jupiter – em janeiro de 2008.

Os papéis PN da companhia registravam alta de 1,59%, a R$ 45,93 e ON subia 2,13%, a R$ 55,70, ambos entre as maiores altas do Ibovespa. Mas estão longe dos mais de 10% de valorização que as ações tiveram num único dia, quando houve a divulgação de Tupi. Na prática, diz um analista, a perspectiva de reservas e o fato de a Petrobras já estar constatando com cada poço a existência do óleo na camada pré-sal já está precificada no mercado. O que interessa agora é saber quanto existe de fato e o mais importante: quanto custará para tirar este óleo desta profundidade.

“Brasil poderá ser potência energética”

São Paulo (AE) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, afirmou ontem que o Brasil tem condições de se tornar uma potência energética mundial em 10 anos.

“Há fantásticas descobertas de petróleo, como as que estão sendo anunciadas pela Petrobras. Nossa indústria do etanol é extremamente avançada e o potencial hidrelétrico do País é extraordinário. Tudo isso nos capacita a avançar no setor energético ainda mais e nos tornar uma potência em 10 anos”, declarou.

Entre os temas relacionados pelo ministro, ele referiu-se aos recentes anúncios da Petrobras de existência de uma alto potencial de reserva de petróleo.

Ontem a estatal confirmou oficialmente uma nova descoberta na camada pré-sal, localizada abaixo do leito marinho, na Bacia de Santos, que também tem óleo leve (de maior valor comercial), na área chamada informalmente de Guará, perto do bloco de Carioca.

Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que antecipou anteontem o anúncio, o volume das descobertas é “bem maior” que os já divulgados.

Até agora, Tupi é considerada o maior megacampo de petróleo, com um volume estimado entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.

O pré-sal é uma camada de reservatórios que se encontram no subsolo do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros, em lâmina d’água que varia entre 1,5 mil e 3 mil metros de profundidade e soterramento (área do subsolo marinho que terá de ser perfurada) entre 3 mil e 4 mil metros.

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