sexta-feira, 19 de abril, 2024
32.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

Mesmo suspenso, Del Nero ainda dá as cartas na CBF

- Publicidade -

Oficialmente, Marco Polo Del Nero está suspenso de todas as atividades do futebol, nacional e internacional. Não pode ir até seu escritório na CBF nem despachar, muito menos organizar uma eventual eleição. Mas o dirigente, mesmo à distância, continua no comando da entidade, com o respaldo de sua diretoria que foi montada estrategicamente antes de ser afastado.

Dirigente Del Nero traça defesa para evitar ser banido do futebol

Dirigente Del Nero traça defesa para evitar ser banido do futebol

No final de 2017, a Fifa o afastou por suspeitas de corrupção e, até abril, irá julgá-lo. Por considerar que é inocente, Marco Polo Del Nero diz internamente que vai provar que não existe nada contra ele e que o exame é a chance para que o caso seja esclarecido.

Quem ocupa a presidência da CBF oficialmente é o coronel Antônio Nunes, vice-presidente e aliado de Marco Polo Del Nero. Mas todas as decisões, técnicas e políticas, ainda passam pelo presidente afastado, que despacha à distância e graças a uma rede de contatos “discretos”. Nunes apenas assina os documentos.

Até a relação entre CBF e Fifa foi mantida. Em dezembro, depois de dois anos de suspensão de pagamentos, a entidade em Zurique, na Suíça, voltou a fazer depósitos de prêmios atrasados e contribuições anuais. A entidade havia bloqueado qualquer tipo de pagamento desde 2015, quando José Maria Marin foi preso e Del Nero indiciado nos Estados Unidos.

Marco Polo Del Nero também é quem determina quando ocorrerá a próxima eleição na CBF. Por enquanto, o projeto de realizar a votação em abril deste ano está descartado. Se eventualmente for inocentado, ele voltaria ao poder em maio. Mas evitaria um pleito às vésperas da Copa do Mundo – ele pode acontecer até abril de 2019.

Caso seja banido, a eleição ocorreria entre o final de 2018 e início de 2019. Mas Marco Polo Del Nero já deu indicações de que o sucessor passará por seu crivo. O objetivo é colocar uma pessoa que o possa blindá-lo em caso de pressão da Justiça no Brasil. Procurada, a CBF não retornou. A Fifa promete levar o caso para o Comitê de Disciplinar.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas