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Metade das famílias possui carro

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São Paulo (AE) – Quase a metade dos domicílios brasileiros dispõe de automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. O porcentual de lares com carro ou moto passou de 45,2% em 2008 para 47% no ano passado. Os dados fazem parte do Comunicado número 73 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos resultados de 2009 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o Ipea, o estudo indica uma “mudança do perfil de mobilidade da população brasileira, que vem utilizando cada vez mais o transporte motorizado individual nos seus deslocamentos”.
Em 37,5% dos domicílios do país há registro da posse de automóvel. Já 16,2% registram a posse de motocicletas segundo o Ipea
Em 37,5% dos domicílios do País há registro da posse de automóvel. Já 16,2% registram a posse de motocicletas – porcentual que deve subir, segundo o Ipea, em razão do “aumento das vendas, principalmente para a população mais pobre, em função dos preços acessíveis das motocicletas de baixa cilindrada”. O instituto mostra preocupação em relação a este movimento, pois alega que o crescimento da posse de motocicletas encontra correspondência no aumento das vítimas de trânsito. Segundo o próprio Ipea, nos acidentes com moto, a probabilidade de ocorrência de vítimas é cerca de três vezes maior, na comparação com os acidentes com automóvel.

Na faixa da extrema pobreza – renda de até um quarto do salário mínimo per capita (por pessoa) -, 17,7% das famílias possuem carro (5,2%), moto (11,4%) ou ambos (1,1%). A predominância do registro de motocicletas nessa faixa se dá pelo preço desse tipo de veículo, mais baixo. Já na linha de pobreza, que considera renda de até meio salário mínimo per capita, 24,6% das famílias têm veículos privados. “A tendência é de que nas faixas mais baixas de renda ocorram as maiores taxas de crescimento da posse de veículos privados, em função das demandas historicamente reprimidas, das políticas de aumento de renda”.

Tempo de percurso é de 30 minutos

O comunicado do Ipea informa ainda que 68,4% das pessoas que responderam se deslocar de casa para o trabalho diretamente – sem parar em outros lugares -, independentemente da modalidade de transporte, gastam menos de 30 minutos para realizar o percurso. Outros 9,4% perdem mais de uma hora nesse trajeto. O estudo aponta que os moradores de cidades que pertencem à região metropolitana gastam mais tempo nos deslocamentos que moradores de municípios não pertencentes às regiões metropolitanas: 50,9% dos que moram em cidades da região metropolitana gastam menos de 30 minutos, ante 77,6% dos que vivem em municípios que não pertencem à região metropolitana.

O Ipea informa, considerando as regiões metropolitanas brasileiras, que Porto Alegre possui o maior porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com um tempo inferior a 30 minutos: 67,2%. O instituto sugere que isso ocorre devido à “configuração da metrópole, que apresenta melhor distribuição das atividades econômicas e, consequentemente, dos empregos, além dos atributos positivos do sistema de trânsito e transporte da região metropolitana”.

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