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Micro e pequenas empresas, no RN, crescem quase 13% em um ano

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Empreender tem sido um caminho escolhido por potiguares na tentativa de tentar escapar da crise econômica e desemprego. Dados do Sebrae-RN apontam o aumento no número de micro e pequenas empresas (MPEs) no estado. De 2016 até 2017, houve um salto de 12,9% no número de novos empreendimentos desse porte. No Rio Grande do Norte, em um ano, a quantidade de MPEs cresceu de 184.807 para 208.655, o que significam 23.848 estabelecimentos a mais. Negócios específicos em Natal também registraram aumento no período: 12,2%. Foram 8.788 novos pequenos e médios empreendimentos de 2016 a 2017, somente na capital.

Dados do Sebrae-RN apontam o aumento no número de micro e pequenas empresas (MPEs) no estado. De 2016 até 2017, houve um salto de 12,9%

Dados do Sebrae-RN apontam o aumento no número de micro e pequenas
empresas (MPEs) no estado. De 2016 até 2017, houve um salto de 12,9%

#SAIBAMAIS#Segundo o Sebrae, o potiguar busca o sucesso em, principalmente, dois ramos de negócio: comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios; e comercio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios. O natalense também se sobressai no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios; entretanto, o setor de beleza tem grande destaque, com preferência pela abertura de salões de cabeleireiros, manicure e pedicure.

A gerente da unidade de orientação empresarial do Sebrae-RN, Gilvanise Borba, diz que os potiguares podem estar abrindo mais negócios próprios para escapar da atual situação financeira. Ela alerta que é preciso ter cautela, porque uma gestão administrativa falha de um empreendimento pode significar sua ruína futura.

“Devemos ter cuidado se esse empreendedorismo é puramente por necessidade ou se é a identificação de oportunidades de negócio. Quando o negócio é implantado por necessidade o cuidado tem que ser redobrado, porque, às vezes, vem de pessoas que perderam o emprego e estão juntando a poupança da vida para investir na abertura de um negócio”, comentou a gerente de orientação empresarial.

“O risco é essa pessoa não adequar o negócio à condição de mercado, porque ela está preocupada somente em resolver o problema financeiro de manutenção pessoal e deixa de se dedicar na atenção ao mercado e ao plano de negócio que deve ser muito claro, são os caminhos que ela vai trilhar”, complementou.

O primeiro passo para abrir um novo negócio, aconselha Gilvanise Borba, é o empresário ter domínio sobre a técnica que será empregada na atividade empresarial. Mas também é fundamental a elaboração de um plano de negócio onde o empreendedor vai detalhar todas as áreas da empresa, além de ter melhor controle da gestão e acompanhamento do negócio nos seus primeiros momentos de vida empresarial para assegurar sua viabilidade. Estar atento aos comportamentos e mudanças no mercado também pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso.

“Se eu sei fazer uma determinada atividade porque aprendi ou porque minha família já vem desse ramo, tendo a repetir a atividade que me sinalizem como está o mercado atualmente. À vezes aquela forma como eu fazia não é mais ideal para o mercado atual. As pessoas à vezes pensam: sei cozinhar, então vou montar uma marmitaria, por exemplo. Mas e o mercado está aceitando? Quais são as exigências de mercado para ter sucesso na atividade que vou desenvolver? A visão de mercado é essencial”, orienta Gilvanise Borba.

Sebastião Bomfim Filho é um dos empresários de maior sucesso no varejo nacional. Ele é controlador e fundador do Grupo SBF, que possui as Lojas Centauro, rede de artigos esportivos. Uma dica que ele dá a quem está começando é não desistir nos primeiros obstáculos.

“O planejamento é importante, condições financeiras são importantes, capacitação, tudo isso é importante. Mas nenhuma delas é mais importante do que a vontade, a resiliência e o trabalho. Não tem outra forma: é perseverar, receber todos os ‘nãos’ que você vai receber durante sua trajetória e mesmo assim buscar abrir portas, sem romper a ética. Esse é o caminho e posso dizer que vale a pena”, destacou o executivo.

Números do empreendedorismo no RN

2016:
Micro e pequenas empresas no RN: 184.807
Micro e pequenas empresas em Natal: 72.014

2017:
Micro e pequenas empresas no RN: 208.655
Micro e pequenas empresas em Natal: 80. 802

Variação entre 2016 e 2017:
Micro e pequenas empresas no RN: 23.848 novos estabelecimentos (+12,9%)
Micro e pequenas empresas em Natal: 8.788 novos estabelecimentos (+12,2%)

O que é MEI?
É o pequeno empresário individual que atende as seguintes condições:
Tenha faturamento limitado a R$ 60 mil por ano;
Não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa;
Contrate, no máximo, um empregado;
Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XIII, da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011, que relaciona as 370 atividades permitidas.
 
Que lei institui o MEI?
A Lei Complementar nº 128/2008
 
Quem não pode ser MEI?
Pensionistas;
Servidor público federal;
Estrangeiro com visto provisório;
Sócio ou proprietário de empresa já existente.

Formalização:
Não há nenhuma tarifa para a formalização de uma micro empresa individual.

Quais os deveres de uma MEI?
Fazer contribuições mensais de R$ 46,85 (ao INSS), acrescido de R$ 5 (para Prestadores de Serviço) ou R$ 1 (para Comércio e Indústria) por meio de carnê emitido pelo Portal do Empreendedor.

Quais o direitos?
Fazendo tudo certo, o MEI e sua família terão direito a:
Salário-maternidade;
Auxílio-doença;
Pensão por morte;
Aposentadoria por invalidez;
Aposentadoria por idade;
Obter crédito junto a bancos públicos com taxas reduzidas.
 
Mais informações: Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br)

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