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Milhares de estudantes protestam em Londres

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Londres (AE) – Dezenas de milhares de estudantes marcharam ontem nas ruas de Londres, em uma manifestação contra os planos de aumento nas mensalidades em universidades. É o maior protesto de rua já ocorrido contra as medidas de austeridade adotadas pelo atual governo britânico. A Polícia Metropolitana de Londres informou que 8 pessoas ficaram feridas, entre estudantes e policiais que tentavam conter os protestos.

Os organizadores disseram que cerca de 50 mil pessoas participaram da manifestação. Elas protestaram contra o plano do governo de aumentar o custo de estudar em uma universidade para 9 mil libras (US$ 14 mil) por ano – três vezes o valor atual. O governo britânico planeja aumentar as taxas como parte das medidas de austeridade para conter o déficit público. O premiê conservador David Cameron prevê uma economia de 81 bilhões de libras (US$ 128 bilhões) com várias medidas de austeridade nos próximos quatro anos.

Houve pequenos incidentes de violência, na manifestação em geral pacífica. Algumas pessoas quebraram vidros em um prédio onde fica a sede do governista Partido Conservador. Manifestantes chegaram a invadir o local, mas foram retirados.

Os manifestantes destruíram parte da mobília do lobby do prédio, bem como câmeras do circuito interno, além de gritar “Fora, Tories”. “Nós estamos destruindo o prédio assim com eles destroem nossas chances de ter uma educação superior”, disse Corin Parkin, estudante de 20 anos na Universidade de Londres.

O Partido Liberal Democrata, hoje na coalizão de governo, prometeu durante a campanha trabalhar para abolir essas taxas. Os manifestantes lembram que o primeiro-ministro David Cameron e outros membros do governo frequentaram universidades de elite, como Oxford e Cambridge, na época em que a educação universitária era gratuita no país.

O governo trabalhista do premiê Tony Blair introduziu as primeiras taxas para estudantes após sua eleição, em 1997. Grupos de estudantes se espalharam por outros pontos da capital inglesa. Organizadores condenaram os episódios de violência.

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