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Miller pede a Fachin para Janot ser ouvido

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Alvo de pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República, o ex-procurador da República Marcello Miller pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine a tomada de depoimento do próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e de outros integrantes do Ministério Público Federal, para esclarecimento sobre as suspeitas que lhe foram lançadas a partir do áudio da conversa entre os delatores do Grupo J&F Joesley Batista e Ricardo Saud. Miller, que faz várias críticas a Janot na manifestação, também coloca à disposição do STF o sigilo bancário e o sigilo fiscal e se diz pronto para prestar novo depoimento se necessário.

Além do procurador-geral, Marcello Miller pede que sejam ouvidos o chefe de gabinete de Janot, Eduardo Pelella, o procurador da República Fernando Alencar, o promotor integrante do Grupo de Trabalho da Lava Jato na PGR Sergio Bruno Cabral Fernandes. A finalidade dos depoimentos, segundo o ex-procurador, é esclarecer “se, em algum momento, o requerente (Miller) lhe solicitou que intercedesse de qualquer forma em favor da empresa J&F Investimentos S.A”. Um quinto nome é o do ex-assessor do próprio Miller, Marcos Gouveia, informe se pediu o acesso a dados das empresas do grupo J&F ou de operações das quais elas poderiam ser alvo.

A principal crítica de Miller a Janot é a de que o pedido de prisão apresentado contra si já estaria pronto antes mesmo de o ex-procurador terminar de prestar depoimento no Rio de Janeiro na sexta-feira, 8, o que seria “açodamento e precipitação”. “O requerimento de decretação de cautelares já estava pronto anteriormente”, conclui Miller.

“A heterodoxia no procedimento adotado pelo eminente Procurador-Geral da República foi, ao que parece, fruto de açodamento e precipitação e, obviamente, não levou em conta os esclarecimentos realizados pelo requerente durante seu depoimento, o que sugere, para dizer o mínimo, que o requerimento de decretação de cautelares já estava pronto anteriormente”, disse Miller.

Miller afirma ainda que “o direito constitucional ao contraditório e ampla defesa (…) vem sendo gravemente prejudicado em razão do modo açodado de agir do parquet neste caso”.

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