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Mina não tem como exportar

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ACESSO - As fortes chuvas cortaram a passagem que dá acesso a mina

þA Mhag Serviços & Mineração S/A e a Toniolo Busnello S/A – Túneis, Terraplanagens e Pavimentações mantêm estocadas mais de 200 mil toneladas de minério de ferro extraídas da mina Bonito, em Jucurutu, porque a única estrada por onde escoava a produção foi avariada pelas fortes chuvas no início deste mês. As empresas aguardam o nível d’água baixar e uma estiagem maior para recuperar uma passagem molhada totalmente destruída pelo rio Piranhas.

O diretor-presidente da Mhag, Pio Sacchi, confirmou que há dias onde a lavra (extração do minério) é impraticável por questões de segurança. Um procedimento, segundo ele, comum à mineração. “Há dias que é preciso parar a exploração porque é arriscado subir ou descer. Não há risco de demissões em função dessas interrupções”, garantiu.

Segundo ele, o minério extraído e que não está sendo escoado até o Porto de Suape (Pernambuco) encontra-se em uma área apropriada da mina, onde normalmente fica após passar pelos britadores. Com isso, Pio Sacchi foi obrigado a renegociar os contratos com os importadores do ferro e com a empresa armadora responsável pelo transporte até a Ásia. A previsão era para o segundo embarque ocorrer até o final desta semana.

“Agora já trabalhamos com outras datas, talvez abril ou maio. É uma atividade que está sujeita a essas coisas. A chuva é algo esperado o ano inteiro pela população do interior do Estado. Ela resolve problemas sociais e não podemos achar ruim isso”, afirmou Pio Sacchi. O transporte do minério de ferro está suspenso desde o dia primeiro de março. A passagem molhada construída pela Toniolo Busnello S/A integra um trecho de quase 20 quilômetros de estrada de chão compactado, entre a BR 226 a comunidade rural Mutamba, vizinha à Mina Bonito.

O diretor-presidente da Mhag afirma que existe um outro acesso, mas considera inviável pela distância e porque a empresa teria que dar entrada e aguardar a liberação de todas as licenças, pra só então iniciar uma eventual obra. “Não dá certo. É inviável hoje”, disse. Toda a produção da mina é escoada por via terrestre – primeiro em carretas especiais, depois de trem – até chegar ao porto no estado de Pernambuco. Uma logística que, segundo alguns especialistas nessa área e o diretor-presidente da mineradora, consideram viável principalmente em função do preço do aço no mercado internacional. O rio Piranhas encheu após as fortes chuvas registradas nas regiões Seridó e Central do Rio Grande do Norte na primeira quinzena deste mês.

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