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Mineradora inicia demissões

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DESVIO - Água destruiu passagem no leito do rio Piranhas

A extração do minério de ferro da Mina Bonito, no município de Jucurutu, foi interrompida por tempo indeterminado, segundo admitiu ontem o diretor da Mhag Serviços & Mineração S/A, o geólogo Pio Sacchi. A empresa detém os direitos de exploração e comercialização desse recurso mineral e, há três meses, está impossibilitada de escoar a produção depois que a passagem molhada sobre o rio Piranhas foi destruída pela correnteza.

A empresa havia embarcado apenas uma remessa do minério de ferro retirado da jazida, em janeiro passado, através de um navio que é carregado no Porto de Suape (Pernambuco). O produto é transportado em carretas, a partir de Jucurutu, e quando chega no terminal ferroviário de Juazeirinho (Paraíba) segue de trem até o porto. Pio Sacchi confirma que, em função da demora para solucionar o problema, a empresa terceirizada para lavrar o minério já demitiu alguns profissionais.

O diretor da Mhag não revelou quantos profissionais foram provisoriamente dispensados, dos mais de 500 contratados pelas empresas em operação na Mina Bonito. “Pelos nossos cálculos, deverá levar ainda uns 15 dias para voltar ao nível d’água que possamos iniciar a recuperação desta passagem, que demandará mais uns dez dias até a conclusão dos serviços”, disse.

A empresa foi obrigada a suspender a extração do minério porque, apesar de reduzir o ritmo de produção, não há mais espaço para estocar o produto nos pátios da mina. No mês passado, a Mhag chegou a concluir os reparos na passagem molhada do rio Piranhas, mas no dia seguinte ao término das obras voltou a chover forte na região a mais uma vez a água levou toda a estrutura.

O pouco que restou da estrutura está submerso. “Paramos a lavra da mina pois estamos com uma grande quantidade de minério estocada, para especificação final. No momento que houver condições de transporte daremos início ao envio do minério  para o porto de Suape”, afirmou Pio Sacchi.

A produção em condições “normais” era de aproximadamente 4 mil toneladas de minério de ferro por dia. A redução no número de funcionários, segundo o diretor da Mhag, foi necessária porque a mineradora está há três meses com baixa produção.

O segundo embarque de minério estava previsto para o último mês de março, mas em função do problema a Mhag precisou renegociar com os armadores. A expectativa do diretor é que, a partir da segunda quinzena de junho, as operações de embarque de minério sejam restabelecidas.

A primeira remessa de minério de ferro com 75 mil toneladas para a China somava um total de US$ 4 milhões 137 mil (cerca de R$ 9 milhões pela cotação do mês de janeiro). A jazida da Mina Bonito, segundo cálculos da Mhag, tem minério em quantidade suficiente para a exploração contínua por mais de 30 anos.

O volume total da jazida é de aproximadamente 400 milhões de toneladas de rochas mineralizadas em ferro, com base nas últimas informações dos estudos. Mas desse total – considerando que há cerca de 40% de sílica agregada – os geólogos da MHAG calculam que 200 milhões de toneladas sejam aproveitáveis comercialmente. O transporte por via terrestre era um ponto vulneráve na cadeia produtiva. Mesmo assim, a empresa decidiu assumir o risco.

Vendas de siderúrgicos caem 9,5%

Rio (AE) – Mesmo influenciadas pelo câmbio, as exportações de produtos siderúrgicos somaram 847,7 mil toneladas em abril, com queda de 9,5%, na comparação com o mês anterior, e de 6,6%, na comparação com abril de 2005. Foi o que divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS).

Nos primeiros quatro meses do ano, as exportações ainda acumulam saldo positivo, com 3,082 milhões de toneladas – 8,1% acima do registrado em igual período no ano passado. As vendas no mercado interno totalizaram 1,418 milhão de toneladas, com queda de 7,8%, na comparação com março, e crescimento de 2,6%, em relação a abril do ano passado.

No ano, o saldo é negativo: as vendas totalizaram 5,539 milhões de toneladas de janeiro a abril, ficando 3,7% menores do que as realizadas no primeiro quadrimestre de 2005. A produção do setor, que somou 2,416 milhões de toneladas em abril, foi 2,5% menor do que a realizada em março e 12,4% abaixo da de abril de 2005.

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