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Minha camisa

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Rubens Lemos Filho
Quero minha camisa do Paris Saint-Germain, novo time do pleonasmo.  Novo time do melhor jogador do mundo. Do único gênio da bola no planeta. De Messi. Do exclusivo  cara de hoje nivelado a Maradona, Zico, Cruijff, Puskas, Di Stéfano, Beckenbauer, Romário, Rivellino, Overath, Didi, Garrincha, Paulo Roberto Falcão e George Best, o louco irlandês driblador. Pelé não se compara.
Messi me mantém crente na força do futebol. Na energia capaz de iluminar meus olhos, fazê-los chorar de alegria, no seu infinito cardápio de jogadas delirantes. Da arrancada fulminante parta ele de que lado esteja do gramado, cortando caminhos da esquerda para a direita e no sentido inverso, bola colada ao pé canhoto e sem nenhum ser humano vivo e atuante capaz de tirá-la do craque. 
No futebol de hoje, Messi é o único que sempre será conjugado no tempo presente. Ele é e não está melhor do mundo. Ganhe ou perca, o reinado é dele, que desfila dons divinos, incomparáveis, na construção ofensiva que o mundo recuperou tão logo ele foi escalado titular do Barcelona. 
Continuarei torcendo pelo Barça, que, em determinado período difícil, dos muitos que venho passando há cinco anos, quando a sanha da perseguição atingiu a mim e à minha família(atingiu minha família,  nunca vou perdoar), se transformou na única razão  capaz de me fazer sorrir, hábito perdido diante de tanta covardia contra mim. Deus está me fazendo renascer. 
O Barça de Xavi, Iniesta e Messi é verbete de alegria, de toque de bola consciente, rápido e imarcável. As fintas vinham em cardápio variado, nem a visão das jogadas mágicas pelo Youtube permitia a qualquer emergente sequer imitar o trio do clube catalão, que virou comum e poderá, sem Messi, ser saco de pancadas do Real Madrid. 
Será muito bom assistir ao Campeonato Francês, minha prioridade, apenas por Messi. Ele rejuvenesce e apresentará novas notas musicais ao repertório moleque e elétrico.
Será bom ver Neymar e Messi outra vez juntos, mais maduros, porque Neymar, apesar de antipático e esnobe, joga muita bola, tenho de admitir. Com Messi, poderá melhorar mais. 
Seria  bom se  o PSG vendesse Mbppé ao Real Madrid. Mbppé nasceu para ser dono de time sozinho, não é do tipo que divida palco. Com Messi, ele jamais será o primeiro. Com Messi, na circunstância a se apresentar, disputa-se a partir do segundo lugar. 
O Real Madrid abriu o bolso e chegou a oferecer 180 milhões de euros, ou 1,1 bilhão de reais. É grana que professor de matemática teria dificuldades em contar, cédula por cédula. O PSG topava fazer negócio recebendo 200 milhões de euros e 2 bilhões de reais. Real recuou. 
A fase é do blefe, das jogadas de bastidores, da tentativa de um clube matar o outro pelo cansaço. Mbppé é fantástico, mas inferior a Messi e a Cristiano Ronaldo. Mbppé daria certíssimo no Real Madrid fazendo dupla com Benzemá. 
A concentração de todos os cobras num só time, diminuiria a competitividade. Ideal é Messi num canto, Cristiano Ronaldo noutro, Mbppé em casa nova para que as competições europeias continuem sendo mais atraentes do que a própria Copa do Mundo e iguais em motivação à Eurocopa. 
A camisa de Messi no PSG é azul e eu aprecio a cor. Menos do que idolatro Messi. Vou comprar uma, tamanho GG, seja oficial, que deve ser bem cara, ou uma genérica, lá nos camelôs do Alecrim. Vestido de Messi, serei obediente e apaixonado soldado. Batendo continências aos frutos sagrados que a Pulga, o Pleonasmo, semeia em  relação erótica, ele e a bola. 
Confrontos 
Passada a rodada do final de semana, os confrontos para o primeiro mata-mata da Série D seriam: Castanhal x Paragominas, Itabaiana x Campinense, 4 de julho x Penarol, ABC x Retrô(PE), São Raimundo(RR) x Moto Clube, América x Sergipe, Guarany de Sobral x Galvez. 
E mais
Tudo pode mudar na rodada final, mas por enquanto, também teríamos: Aparecidense x Uberlândia, Joinville x Santo André, Caldense x Nova Mutum, Portuguesa x Marcílio Dias, Ferroviária x Brasiliense, Cianorte x Esportivo, União Rondonópolis x Boa Esporte e Cascavel x Boavista. 
Força 
Provável adversário do ABC, o Retrê tem no volante Yago, ex-Vasco(RJ) e Thiago de Souza, meia-esquerda, ex-América como destaques. . O correto seria o ABC sair do primeiro jogo com vitória fora de casa.
Zé Ary
Em todas as noites de domingo, com humor e voz gutural, José Ary – morreu domingo – alegrou a cidade pelas transmissões pela TV Universitária. Ele criou a expressão “Canal 5”, que logo se tornou febre. 
Graças a Deus 
Em 1985, o ABC goleou o extinto Atlético por 8×1 no Castelão. Ao encerrar a transmissão,José Ary disparou: “Graças a Deus, torcedor, acabou essa pelada de quinta categoria. Os 22 não jogam nem no Bangu das Capoeiras”. O Bangu das Capoeiras era time de comunidade quilombola na região de Macaíba. 
Aconteceu 
José Ary aconteceu, seu grito de gol, porque sempre será. 
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