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Ministro alivia declaração sobre morte de empresas

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EXPLICAÇÃO - Miguel Jorge e Paulo Skaf durante reunião com empresários paulistasSão Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, procurou ontem  reorientar a manifestação que fez ontem na qual disse que as empresas que não  tinham competitividade “morreriam” independentemente da valorização cambial.  Ontem, após se reunir com dirigentes da Federação da Indústria do Estado de São  Paulo (Fiesp), o ministro recuou e enfatizou que o governo está empenhado em  fornecer ajuda para que os empresários possam modernizar seu parque produtivo  e, desta maneira, se manterem competitivos mesmo com a valorização cambial.   “A morte é inevitável só para quem quer morrer”, disse Miguel Jorge, esclarecendo  que o BNDES poderá facilitar a acesso a financiamento para reorganização das  empresas e troca de equipamentos, e o governo, por outro lado, promover ajustes  tributários para também assegurar esta competitividade.

Ainda em tom de esclarecimento,  Miguel Jorge explicou que, em nenhum momento, tratou de deficiências competitivas  “setoriais”, mas somente de empresas específicas, “velhas” e sem sistemas produtivos  adequados. Segundo o ministro, o setor industrial mais sensível ao câmbio terá que passar  por ajustes da mesma forma que, no início do Plano Real, os bancos também precisaram,  com a diferença de que, naquele momento o governo lançou o Proer, que utilizava  fundos com recursos dos próprios bancos para reorganizar o setor e, agora, caberá  à União adotar as medidas e o rearranjo tributário para reorganizar as empresas  sensíveis à valorização cambial. “Sairemos com empresas muito melhores após  esta travessia”, estimou. 

Sobre quais medidas poderão ser adotadas, o ministro esquivou-se de responder,  alegando estarem “sendo analisadas”, mas diante da insistência das perguntas,  projetou um prazo de dois a três meses para que elas sejam anunciadas. Além  disso, ele informou que o governo também promoverá ajustes para combater fraudes  de elisão fiscal e importações, garantindo, assim, condições igualitárias de  disputa de mercado entre produtos nacionais e estrangeiros. 

O ministro do Desenvolvimento também descartou uma proposta sugerida esta semana  feita pelo ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto de que o governo deveria  zerar o imposto de importação de todos os setores como forma de estimular ganhos  de eficiência das empresas, ampliar a balança comercial e, assim, conter o processo  de valorização cambial. “Dificilmente falaríamos sobre zerar imposto de importação.  Pode ser que, neste caso, teríamos um processo de darwinismo econômico em setores  se esta medida fosse adotada”, ponderou.

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