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Ministros devem chegar a um acordo, diz Bolsonaro

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Na corrida política por uma vaga de senador pelo Rio Grande do Norte, os dois ministros potiguares, Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Fábio Faria (Comunicações) devem chegar a um acordo. A declaração foi dada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, a uma emissora de TV em Currais Novos. Bolsonaro disse ainda que “os dois são quadro excepcionais, que a gente não pode perder. Até digo sempre, seu for reeleito, eles continuam comigo”.
Jair Bolsonaro confirmou que no fim de março 12 ministros deixarão o governo para concorrer às eleições de 02 de outubro
O presidente reconhece que, os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria devem chegar a um acordo porque “se os dois disputarem o mesmo cargo, fica muito difícil algum deles chegar a uma vitoria nas urnas”.
Jair Bolsonaro confirmou, ainda, que no fim de março 12 ministros deixarão o governo para concorrer às eleições de 02 de outubro, mas “já está praticamente acertados quem os substituirão”.
“Eu creio que não será uma eleição difícil para o povo brasileiro, que vai poder comparar praticamente quatro anos do meu governo com 14 anos do PT, lá atrás voltado por  promessas, ilusões e muita corrupção e sem perspectiva de futuro”.
Quanto ao seu governo, Bolsonaro afirmou que vai mostrar o que já fez nesses três anos. “Então creio que não vai ser difícil a população escolher  quem quer, em outubro, comandar o nosso país a partir de 2023”, afirmou.
O presidente não quis opinar sobre pré-candidaturas adversárias para evitar contra-ataques, pois dará oportunidades para eles “em cima do que falar de crescer e contestar e eu não quero polemizar, eu pretendo deixar esse debate para a ocasião das eleições”.
Também foi lembrado pelo presidente que, em 45 dias de campanha que antecedem as eleições, vai ter tempo de campanha no rádio e na tv que não tinha em 2018, como também “terá palanque e candidados pelo Brasil,  e bons nomes, como o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrura), que deverá ser candidato ao governo de São Paulo”.
Portanto, segundo o presidente, essas pessoas farão as próprias campanhas, “mostrando o que fizeram e que o governo fez ao longo de três anos e meio, então prefiro não comentar sobre esse ou aquele pré-candidato para não polemizar e não causar intrigas, porque a política, lamentavelmente, é muito permeada de intrigas e de brigas”. 
O presidente da República confirmou sua vinda ao Rio Grande do Norte, no dia 09 de fevereiro, ocasião em que visitará as obras de transposição do rio São Francisco, na cidade de São José de Piranhas, banhada pelo rio Piranha-Açu, que nasce no vizinho estado da Paraíba.
Jair Bolsonaro disse que não faltarão recursos para conclusão da obra, citando que o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, “é a principal pessoa interessada” na conclusão dessa obra: “Não faltou recurso pra que nós prosseguíssemos e praticamente concluiremos a transposição do São Francisco no corrente ano”.
Bolsonaro também disse que não faltarão recursos para a conclusão da barragem de Oiticica e nem da recuperação da barragem de Passagem das Traíras, também situadas na região do Seridó, que beneficiam juntas 400 mil pessoas com distribuição de água potável. “A água do povo, do Nordeste, que tem essa dificuldade, é como se uma pessoa ganhasse na mega-sena”, disse o presidente, que continuou: “Esse problema que sempre foi crônico, cada vez mais vai deixando de existir”.
O presidente da República declarou, ainda, que a chegada das águas do rio São Francisco também “vai libertando o povo da dependência do carro-pipa e, muitas vezes, da dependência de alguns políticos, que faz sua atuação em cima do sofrimento da população”.
Segundo o presidente, a transposição do rio São Francisco já era para ter ocorrido em 2012, “mas muita corrupção aconteceu até aquele momento e desde aquele momento, decidimos concluir essas obras, principalmente esta para levar paz e tranquilidade ao povo nordestino”.
Presidente virá ao Nordeste em fevereiro
Brasília (AE) – Em clima de campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve visitar no mês que vem Estados do Nordeste, segundo maior colégio eleitoral do País. Reduto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é a região na qual o atual presidente enfrenta maiores índices de rejeição. Em conversa com apoiadores nesta terça-feira, 18, o chefe do Executivo sinalizou que viajará em fevereiro à Paraíba e ao Ceará, berço político do ex-governador Ciro Gomes, pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto e, assim como Lula, também rival de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022.
Desde que recebeu alta do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou internado com um quadro de obstrução intestinal no começo de janeiro, o presidente tem feito acenos às suas principais bases eleitorais e reciclado ataques contra as instituições. Pressionado pelo efeito eleitoral da alta da inflação, também voltou a criticar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos Estados, considerado por ele como o “vilão” do preço dos combustíveis no País.
Agora, Bolsonaro mira em um público que costuma votar no PT e, principalmente, em Lula: a população mais pobre do Nordeste. Como trunfo para conquistar esse eleitor, o presidente tem o Auxílio Brasil de R$ 400, que substituiu o programa de transferência de renda Bolsa Família, dos governos petistas. “Vou estar no mês que vem na Paraíba e acho que Ceará também”, disse o chefe do Executivo a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.
Na última sexta-feira (14), Bolsonaro já havia citado o Auxílio Brasil em um aceno aos eleitores do Nordeste. Durante uma entrevista para a Rádio Uirapuru Jaguaribana, do Ceará, disse que seu governo se resume em “auxílio, obras e pautas conservadoras”. O presidente também aproveitou para atacar Lula e partidos de esquerda.
Em seis de janeiro, um dia após sair do hospital, Bolsonaro concedeu uma entrevista à TV Nova Nordeste, elogiou a região e citou obras locais. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 14 de dezembro, Bolsonaro alcança 67% de rejeição no Nordeste, acima dos 60% no Brasil como um todo. Em 2018, o presidente perdeu na região para o então candidato do PT, Fernando Haddad.
Inquérito
O presidente Jair Bolsonaro tem até o dia 28 de janeiro para depor à Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre a divulgação da investigação sigilosa sobre um ataque hacker ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral em 2018. A apuração foi aberta em agosto, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após o chefe do Executivo publicar nas redes sociais a cópia do inquérito e distorcer informações para alegar supostas fraudes nas eleições.
O prazo foi fixado em dezembro por Alexandre de Moraes, que voltou a ser alvo de ataques do chefe do Executivo. Na ocasião, o ministro do STF atendeu um pedido da Advocacia-Geral da União para ampliar o prazo de cumprimento da diligência – inicialmente fixado em 15 dias, em despacho dado em novembro. Com a prorrogação, foi estabelecido prazo de 60 dias para a realização da oitiva de Bolsonaro.
Em dezembro a PF intimou Bolsonaro a prestar o depoimento, configurando a segunda vez em que o presidente é instado a responder questionamentos dos investigadores no âmbito de inquéritos que tramitam contra ele no STF – ao todo são cinco. A outra oitiva do chefe do Executivo, no âmbito da investigação sobre suposta tentativa de interferência política na PF, foi realizada em novembro de 2021 – após ficar travada por mais de um ano devido a impasse sobre a forma de colheita do depoimento.
Na investigação sobre a divulgação de inquérito sigiloso, também são investigados o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa Campos. O presidente distorceu as informações da apuração sigilosa para fazer alegações sobre fraudes nas eleições. 
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